Zanetti: “Me senti fora do Mundial desde as Eliminatórias”
Em uma entrevista com o jornal La Nación, o versátil lateral da Internazionale de Milão, Javier Zanetti, mostrou-se chateado em não estar na Copa do Mundo da África do Sul, contudo admitiu que após as partidas contra Brasil e Paraguai, quando não foi mais convocado por Maradona, um sentimento de que não estaria na África do Sul aumentou de forma gradativa. Zanetti ainda crê que a Seleção pode estar, no mínimo, entre os quatro melhores do Mundial.
“Uma partida mais ou menos não pode mudar a opinião de alguém. Quanto mais se falava sobre quem estaria na lista, mas me convencia de que não ia à África do Sul. Quando Maradona chegou, não sabia muito bem o que seria de mim na Seleção, mas voltei e joguei muito com ele. Mas, via que ia ser complicado me firmar. E quando eu parei de ser chamado após as partidas de Brasil e Paraguai, já imaginava que não estaria mais no Mundial”, explicou o jogador, que está prestes a conquistar a Liga dos Campeões da Europa com a Internazionale.
Zanetti ainda admitiu que sempre mostrou-se aberto para uma conversa com Maradona, mas nem quando esteve na Argentina, o comandante da Seleção o procurou. “Quando estive em Buenos Aires para as festas de fim de ano, me coloquei a disposição, mas não pude encontrá-lo. Cheguei a pensar que na gira dele pela Europa poderíamos conversar, mas nunca conversamos”, revelou.
Jogador com mais presenças com a camisa da Seleção Argentina, Zanetti admite que as derrotas para Brasil e Paraguai podem ter sido as últimas pela Albiceleste. “Sou realista. Passam-se os anos e os prazos vão diminuindo. A Seleção sempre será parte da minha vida. Eu fui convocado pela primeira vez com 20 anos e iria novamente se fosse convocado com 50. Mas, de agora em diante será muito complicado estar, mas do futebol podemos ter muitas surpresas. Mas, estou preparado para assistir as partidas das arquibancadas”.
A respeito do futuro no Mundial, o jogador admitiu que a Argentina tem tudo para estar entre os quatro melhores. “É um grupo com diferentes personalidades, com idades e experiências distintas, com vários jogadores que jogaram muitas e outros que nunca jogaram um Mundial. Espero que aproveitem esse tempo juntos para encontrar forças e uma idéia que os levem a ser protagonistas e brigar pelo título. Se eles se focarem num objetivo, podem estar entre os quatro primeiros”, finalizou.