A goleada por 4 x 0 sofrida para a Alemanha simbolizou com precisão o fim da presença ilustre de Juan Sebastián Verón em Mundiais. Afinal, ele só assistiu do banco enquanto a Albiceleste uma das derrotas mais impactantes de sua história. Contudo, por se configurar de um assunto polêmico, mesmo que La Brujita não jogue em 2014, ele fez questão de quebrar o silêncio de quase 40 dias para expôr sua opinião. E as vítimas foram integrantes fortes da antiga comissão técnica.
Verón não escondeu suas mágoas com o ex-técnico Diego Armando Maradona. Para o meia do Estudiantes, El Diez não cumpriu com as promessas feitas no início da Copa com relação a confiança em seu futebol e em sua titularidade. Já contra os auxiliares, Mancuso e Enrique, comentou que não sentia a presença deles em campo. De elogios, só fez mesmo ao desempenho de Messi, ao mesmo tempo em que livrou La Pulga de comparações com o Dieguito jogador.
Leia as principais respostas de Verón à Radio de la Red
“Maradona se contradisse com o que disse no início e o que fez depois. Ele é efusivo demais na hora de fazer declarações e se envolve em questões que depois se tornam difíceis de lidar. Chegou a comentar comigo que me via como o Xavi da nossa Seleção. Obviamente depois todo mudou nas conversas que tive com ele antes de sair da equipe e terminei sem jogar. Foram questões até táticas e eu as entendo. Mas certamente nisso está a minha amargura”.
“Cada técnico tem seu método de trabalho. Talvez depois tentavam entrar em consenso sobre o que viram. Mas pouco se via no campo de intervenções de Mancuso e de Enrique. Ele parava no meio do campo e conduzia os treinos. Talvez, então, eles conversassem em outro lugar, num outro prédio”.
“Mantive conversas com Diego dizendo que estava pronto para jogar , depois do jogo contra a Nigéria. Falava que queria jogar, mas ele me dizia que queria me guardar porque coisas mais importantes no Mundial ainda estavam por vir. E depois, nada, me fez sair. Ainda há coisas que gostaria de falar com ele”.
“Messi jogou de uma forma que não estava tão acostumado, e isto era algo claro, que se manifestava no semblante dele. Dificil pedir para que ele volte cinquenta metros para carregar a bola adiante, e sobre tudo contra rivais tão difíceis.”
“Mesmo assim, gostei do que vi no Messi, especialmente na fase de grupos. Ele nunca será Maradona. E só consegue fazer seu futebol render quando tem uma equipe que o respalde e o acompanhe. Na primeira rodada ele foi o melhor, chamou a responsabilidade, mas depois não conseguiu manter o mesmo ritmo, principalmente no jogo contra a Alemanha”.
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