Na fria noite de domingo, o último jogo da fase de quartas-de-final da Copa América entre Chile e Venezuela ficou em 2 a 1 para a equipe venezuelana no estádio Bicentenário em San Juan. Com isso, as semifinais estão definidas: de lado estarão Uruguai e Peru; do outro, Paraguai e Venezuela.
Fora o Uruguai, ninguém apostava muito em nenhuma das outras seleções que avançaram na Copa América. O torneio vai se encaminhando para o encerramento e mostra um baixo nível futebolístico entre as equipes competidoras. Para termos uma ideia, a Argentina, anfitriã da Copa, saiu sem ver sua rede balançar nenhuma vez. Os dois gols tomados passaram a menos de um palmo da linha de gol…
No jogo entre Chile e Venezuela, o primeiro tempo mostrou mais uma vez o baixo nível apresentado entre as equipes, um jogo fraco e sem emoções. As seleções não conseguiam realizar mais que cinco passes consecutivos, e quando conseguiam chegar ao gol adversário o gol parecia ficar pequeno e todos os tiros passavam sem levar perigo. Com meia hora de jogo, quem não dormiu no jogo do Brasil contra o Paraguai teve uma grande oportunidade de fazê-lo.
As melhores, ou únicas e raras chances, saíam por meio de jogadas de bola parada. E foi assim que aos 34 minutos Vizcarrondo abriu o placar para a Venezuela, com um desvio de cabeça após um tiro livre da intermediária cobrado com veneno por Arango. Com isso, a “Vinotinto” se animou e intensificou as jogadas de contra-ataque, sempre paradas com faltas pela equipe do técnico argentino Claudio “Bichi” Borghi.
O Chile ainda tentou em mais uma jogada de bola parada, mas encontrou Vega bem parado no arco venezuelano. Era o fim do primeiro tempo sem muitas emoções. A Venezuela ia garantindo a vaga para as semifinais por ter aproveitado melhor a oportunidade que teve. Muito pouco para duas seleções de futebol. Muito pouco para a Copa América.
Logo no inicio do segundo tempo, o árbitro equatoriano pareceu ter esquecido os cartões no vestiário. Em duas faltas seguidas que mereciam amarelo para os jogadores chilenos, o árbitro fez vistas grossas e deixou passar. A exemplo do jogo entre Argentina e Uruguai, estas expulsões poderiam ter custado caro à Venezuela. Aliás, outro problema da Copa América até o momento é o baixo nível mostrado pela arbitragem.
A despeito disso, o Chile veio mais esperto para o segundo tempo e buscando o empate, que quase chegou com Suazo em duas oportunidades seguidas. Na primeira, o cabeceio a gol foi salvo em cima da linha pela defesa venezuelana. Na sequência, o “Chupete” pegou um voleio lindo que merecia entrar, mas ficou no travessão.
O Chile era melhor e Valdivia acertou um chute de três dedos da entrada da área. Mais uma vez o travessão salvou o selecionado “Vinotinto”, que parecia cansado e sem forças para suportar a equipe chilena. Começava aí um drama. Um Chile que pressionava, contra uma Venezuela que se defendia muito bem e ainda contava com a sorte.
Após um susto em que o goleiro Claudio Bravo quase entregou de vez o Chile, a “Roja” finalmente chegou ao empate. Suazo recebeu de Alexis Sánchez na área, dominou e chutou forte para cravar o merecido gol de empate. A partida ganhava em emoção. Comparado ao primeiro tempo pareciam duas equipes distintas. Melhor para o Chile que já tinha mostrado o melhor futebol da competição.
O esquema de jogo da equipe de Borghi deixava a equipe chilena com muita liberdade para trabalhar a bola e buscar as laterais do campo. A velocidade de saída do Chile era a arma que poderia levar a equipe à virada. No entanto, faltava a calma necessária para finalizar e vencer o goleiro Vega, que era a figura da partida pelo lado venezuelano.
Porém após uma entrada criminosa de Vidal em ‘Maestrico’ González, mais uma vez Arango centrou para a área. Bravo rebateu, Cichero empurrou para dentro e fez o segundo da Venezuela. Logo na sequência de reinício de jogo o Chile ainda teve Gary Medel expulso em uma falta infantil no meio do campo.
Aos 38 minutos Suazo chutou cruzado para outra vez Vega defender parcialmente. No rebote, Sanchez chutou cruzado e a defesa venezuela salvou em cima da linha mais uma vez. Um minutos depois, o jogo ficou paralisado por dois minutos por queda de energia e perda de alguns refletores. Na volta o Chile voltou à carga para conseguir o empate que parecia impossível. A Venezuela tocava a bola e buscava o terceiro a cada tentativa de contra-ataque. Muito tarde para mudanças no resultado.
O Chile, a melhor equipe da Copa até então, está fora da competição. Era o fim do sonho chileno por um título inédito.
Chile: Claudio Bravo; Pablo Contreras, Waldo Ponce, Gonzalo Jara (Esteban Paredes); Mauricio Isla, Carlos Carmona (Jorge Valdívia), Gary Medel, Arturo Vidal; Luis Jiménez; Alexis Sánchez, Humberto Suazo. DT: Claudio Borghi
Venezuela: Renny Vega; Roberto Rosales, Grenddy Perozo, Oswaldo Vizcarrondo, Gabriel Cichero; César González (Alejandro Moreno), Tomás Rincón, Juan Arango, Franklin Lucena; Nicolás Fedor (Salomón Rondón), Giancarlo Maldonado. DT: César Farías
Cartôes Amarelos: César Gonzalez (Ven); Mauricio Isla, Gary Medel, Pablo Contreras, Arturo Vidal (Chi).
Cartões Vermelhos: Gary Medel (Chi); Tomás Rincón (Ven)
Estádio: Bicentenario (San Juan)
Árbitro: Carlos Vera (Equador)
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Eu digo há tempos que a Venezuela irá se classificar para a Copa de 2014, muitos me chamaram de louco. Agora, pouco a pouco o tempo vai mostrando quem tem a razão...
Esse chile sempre da uma embalada mas sempre toma uma sapecada dpois.
Venezuela melhorou muito seu futebol. Não é uma equipe brilhante mas, é uma equipe guerreira e bem armada em campo.
Se chegarem a Copa em 2014 não será surpresa alguma.
Torcerei pela Venezuela