Não será em 2012 que o futebol argentino terá dois representantes nas semifinais da Libertadores. O Vélez, apesar de se mostrar forte defensivamente e anular a principal estrela santista, perdeu no tempo normal por 1-0 e caiu nos pênaltis após os erros de Canteros e Papa. Com isso, o time brasileiro passa as semifinais, onde enfrentará o Corinthians.
Ao contrário do que muitos imaginavam, o Vélez não sentiu o caldeirão santista. No primeiro tempo, o time argentino foi responsável por impedir os anfitriões de chegar ao gol e criavam boas jogadas em contra-ataques. Neymar – fixo pela ala esquerda – não conseguia jogar graças ao lateral Gino Peruzzi e o meia Cubero.
Contudo, ofensivamente, nenhuma equipe criava oportunidades reais de gol. A melhor oportunidade aconteceu justamente num momento crucial para o Vélez. Ao fim do primeiro tempo, Neymar recebeu lance em profundidade e foi bloqueado por Barovero. Falta com direito a cartão vermelho para o goleiro argentino. Com isso, Óbolo, que havia feito o gol na partida de ida, deixou o campa para dar lugar a Montoya.
No segundo tempo, o Vélez sofreu uma enorme pressão santista. Mas foi do time argentino a primeira oportunidade de gol da partida. Augusto Fernández, atrás da linha do meio campo, viu o goleiro Rafael adiantado e quase marcou um golaço. O arqueiro santista mandou para escanteio.
O Santos, por sua vez, insistia em bolas alçadas na área pelo improdutível Juan. Foi justamente após a saída do lateral que o time melhorou. A entrada do veterano Léo, aos 30 minutos da segunda etapa, deu mais qualidade no passe, criando chances reais ao time da Vila. E foi justamente dele o passe que originou o gol de Allan Kardec, que minutos antes havia perdido um gol incrível, se redimindo, assim, com a torcida. Os donos da casa ainda tiveram algumas boas oportunidades de matar a partida, mas o colombiano Rentería desperdiçou.
Nos pênaltis, o Vélez sentiu a falta de bons batedores e acabou caindo diante do atual campeão da Libertadores. Primeiro foi Canteros, que entrou na partida somente para ir para a marca da cal. Depois foi a vez de Emiliano Papa, que completou 200 partidas com a camisa do Fortín na noite desta quinta. Os brasileiros, com Allan Kardec, Ganso, Elano e Léo, selaram a vitória e a vaga nas semifinais do torneio continental.
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Já subestimei o Vélez neste espaço, portanto não tenho MORAL para falar, mas uma coisa tem que ficar clara:
jogou muito mais que o Boca, contra um rival sem desfalques e superior ao Fluminense, num estádio muito mais complicado e com um a menos o segundo tempo inteiro. E sem erro de arbitragem a favor na ida.
Por um descuido, ficou fora. E o Boca, por aproveitar outro, segue. Futebol é injusto.
Ah, claro, me esqueci: e o impedimento mal marcado? O Gareca vai dizer que eram doze contra dez?
Se alguém ainda tinha alguma dúvida da ESCROTIDÃO da mídia esportiva daqui, foi dissipada hoje.
Juiz sul-americano sempre conspira contra o Futebol Alegre. A favor deste, ignora-se. Como sempre acontece na Copa do Mundo.
Depois não entendem porque há tantos fãs do futebol argentino.
Eu quero que o Boca ganhe este ano pela mais que óbvia razão de ser torcedor, mas para calar essa turma.
Ufanistas, despreparados, preconceituosos e jabazeiros.
Vou evitar os palavrões porque ninguém merece lê-los. Bom, talvez esses cidadãos acima. Em dose cavalar.
Obrigado por reconhecer que o Boca Juniors foi favorecido pela arbitragem no jogo de ida.
Fico feliz pela vitória do Santos. Nada contra o Vélez Sarsfield, mas Carlos Martino, assessor de imprensa do Vélez, fez um post no twitter caçoando da morte de Chico Formiga, grande jogador santista dos tempos de outrora. Se um assessor do Santos houvesse caçoado de um grande do Vélez, ou senão, do próprio senhor José Amalfitani, os argentinos do Vélez não deixariam quieto. Pelo menos esse Carlos Martino não terá nada mais para postar no twitter durante esta Copa Libertadores.
Como eu já disse ontem em meu twitter pessoal e que foi compartilhado pelo Mauro Cezar Pereira na transmissão da Estadão/ESPN:
Acredito que ele fez a piada sem saber do personagem em questão, sequer leu a matéria. Viu a capa do jornal e postou a foto. Mas, o erro não justifica.
Como jornalista, ele deveria ter se informado mais. E como assessor de imprensa (já fui, apesar de clubes pequenos aqui de Brasília) ele deveria ter evitado qualquer comentário a respeito, mesmo sendo o seu perfil pessoal (uma vez que ele está ligado ao clube).
Um exemplo disso são os perfis dos repórteres das grandes emissoras. Nunca vi eles fazerem um comentário que pudesse prejudicar a sua empresa.
Abraços Diogo Terra e Carlos pela participação no site!
Thiago Henrique de Morais
Carlos, ouvi essa história por cima. Depois, fui conferir o Twitter do cara. Absolutamente desnecessário. Faz com que ele se encaixe na minha descrição do comentário anterior.
Ah, e o Boca está a anos-luz de ser o único time sistematicamente favorecido pela arbitragem em casa.
Vamos a vários exemplos:
Flamengo e Corinthians no Brasileiro;
Real Madrid na Espanha;
Dupla Gre-Nal aqui no Sul, contra os pequenos do interior;
Juventus na Itália (com direito a megaescândalo de manipulação de resultados e tráfico de influência);
Seleção Brasileira em diversas Copas do Mundo;
e segue...
Diogo, é bom saber que você concorda que o que o Carlos Martino fez foi desagradável.
Quanto à ajudas arbitrais: eu percebi um certo tom de raiva e ironia nos seus comentários para certos torcedores brasileiros. Talvez eu lenha interpretado incorretamente, mas parece que você pensa que nós que não torcemos pelo futebol argentino achamos que os times de lá sempre recebem ajuda. Se for isso, eu não me encaixo neste perfil.
Eu não “gosto” do futebol argentino apesar de respeit¬á-lo e o motivo que me traz aqui é duplo. Primeiro, o Thiago faz um trabalho excelente explicando e descrevendo o futebol da Argentina, cuja estrutura é bem diferente do nosso (falo aqui dos torneios, das maracutaias da AFA, etc). Segundo, o futebol argentino é de longe o único na América do Sul que desafia o futebol brasileiro em qualidade e competitividade. Têm clubes como a Liga de Quito faz alguns anos, a Universidad de Chile hoje, que são muito bons. Mas em geral, especialmente nos últimos anos, foram somente equips argentinas que foram pedras nas chuteiras do futebol brasileiro.
É o que dizem os gringos: “know your enemy.”
O Flamengo, o Corinthians (descaradamente naquele Brasileirão, quando o Internacional foi garfado), sim já foram favorecidos… isso também rolou na Argentina. Eu estive em Buenos Aires no final de 2008 quando teve uma polêmica com o torneio e torcedores do San Lorenzo colaram cartazes na rua. Eu ainda tenho fotos que tirei. Os cartazes protestavam um suposto favorecimento ao Boca, e tinham a frase “¿Boca campeón por decreto?”
E se a Seleção Brasileira já foi favorecida em Copas do Mundo, sejamos honestos e reconheçamos que a Seleção Argentina também. O juiz italiano Gonella foi descaradamente pró-Argentina na final de 1978. O lance do Maradona contra a Inglaterra, com o gol de mão, nem se fala.
Uma pergunta. Você é gaúcho. Eu nunca estive no RS, mas fico curioso: as semelhanças culturais entre o RS, o Uruguai, e a Argentina (pelo menos na região do Rio da Prata)… o chimarrão, o churrasco, o modo de dizer “che/tchê…” isso dá aos gaúchos uma facilidade de torcer pelos argentinos, ou não tem nada a ver?
"Uma pergunta. Você é gaúcho. Eu nunca estive no RS, mas fico curioso: as semelhanças culturais entre o RS, o Uruguai, e a Argentina (pelo menos na região do Rio da Prata)… o chimarrão, o churrasco, o modo de dizer “che/tchê…” isso dá aos gaúchos uma facilidade de torcer pelos argentinos, ou não tem nada a ver?"
TUDO a ver.
Tudo a ver mesmo, ainda que, como gaucho, me sinta mais identificado ao Uruguai, mas rola uma afinidade com os argentinos tambem
Juro que tentei compreender o que o Thiago Henrique de Morais escreveu...
Valeu Vélez! Fiquei sem net desde Quarta-Feira, quando soube que as sereias venceram, nem procurei saber como foi, mas fiquei feliz pela forma como foi. Parabéns, Thiago!