Vélez – Estudiantes: O curioso caso de Hernán López

Um dos heróis do último título do Veléz dentro das quatro linhas foi Hernán Rodrigo López. Apesar de ter salvado o time muitas vezes com gols de pênalti (algo criticado por grande parte da torcida), o atacante uruguaio levou o time de Liniers a mais um título. Até porque gol é gol, seja ele feio ou bonito. Mas, depois de dois semestres, o seu rendimento caiu. As criticas voltaram principalmente com o retorno de Santiago Silva, que estava comendo a bola e fazendo coisas que Rodrigo López não fazia a tempos: gols Até por isso, a diretoria decidiu não bancá-lo mesmo restando um ano para o fim do seu contrato, o negociou com o Estudiantes, adversário de hoje pela 12ª rodada. Ele começará no banco, mas se entrar será um reencontro um tanto quando esperado para o jogador.

Curiosamente, quando as vaias ao jogador eram constantes, o jogador deu a resposta. Aproveitou a gripe de Santiago Silva, a moral sobre Rolando Zárate (hoje no Huracán) e de Cristaldo (que vinha em um bom momento quando entrava no segundo tempo) e marcou nada menos que quatro gols na vitória por 4×1 sobre o Chacarita, na penúltima rodada do Clausura, resultado que garantiu a equipe na Sul-Americana (no qual o time sequer deu muita prioridade). Os principais sites argentinos deram nota 10 pelo rendimento do atleta dentro de campo, coisa rara. Na rodada seguinte (e última com a camisa do Vélez), fez dupla com Silva, com dois homens de força, mas não rendeu muito. Um 0x0 contra o Rosário.

É fato que o uruguaio perdia muitos gols feito – algo que Santiago Silva não vem fazendo. Como dizem pelos cantos das Minas Gerais: um grosso no futebol. Muitos o consideram como um jogador sonolento, que não sabe aproveitar o seu faro de gol. Outros bancam López. Dizem que foi o melhor goleador do clube desde Biachi e Omar Asad. RoRo, como é conhecido entre os torcedores argentinos, preferiu ir para o Estudiantes, onde teria a responsabilidade de substituir Mauro Boselli (foi para o fraco Wigan, da Inglaterra).

Mas, o Vélez parece ter feito o certo. Logo no primeiro jogo, contra recém ascendido Olimpo, Hernán López, se lesionou. É verdade que antes disso o atacante deixou a sua marca – ao seu estilo, de pênalti. Ficou sete rodadas fora até ser relacionado. Voltou a entrar na partida na partida seguinte, no duelo contra o Quilmes. Desta vez não houve lesão. Teve mais um gol, claro, de pênalti.

Hoje, como nas últimas quatro partidas em que foi relacionado, irá para o banco de reservas. Se entrar, vaias e aplausos tomarão conta do José Amalfitani. E como nas duas partidas em que entrou, quer deixar a sua marca. A diferença é que o adversário não é um time que vem do descenso e sim que briga diretamente por títulos. Mas, se houver mais um pênalti (seria o sétimo a favor do Estudiantes em 11 partidas.

Outros reencontro
Dois ex-jogadores do Estudiantes estão no atual plantel do Vélez Sarsfield. E curiosamente, ambos são defensores. O primeiro é Sebastián Domínguez (que também vestiu a camisa do Corinthians), que nas últimas três temporadas fez uma boa parceria com Nicolás Otamendi. Domínguez defendeu o Estudiantes entre 2007-2008, após sair do clube paulista. Já Fernando Ortiz, esteve no último título argentino do Pincha, em 2006.