Fazer história de forma que surpreenda os críticos e até a própria lógica não é novidade para o Estudiantes. Foi assim no incrível título do Apertura 2006, tirando o troféu da porta do museu boquense. A Libertadores também serve de exemplo, pois os brasileiros eram os favoritos.
E se a soberania na América tornou santos os jogadores Pinchas diante da hinchada, por que não crer em mais um “milagre” contra o todo-poderoso Barcelona? Pois melhor ainda, para obedecer as regras da razão, seria tentar analisar por que acreditar no bicampeonato intercontinental.
No Mundial de Clubes já é possível lembrar de times superfavoritos caindo diante dos primos pobres sul-americanos. O próprio clube de La Plata é prova disso, pois venceu o United de Bobby Charlton, George Best e companhia (plantel na foto acima) em 68. Mas o próprio futebol de hoje de Estudiantes e Barça permite o sonho dos torcedores platenses.
Basta perguntar aos russos do Rubin Kazan para confirmar essa tese. Claro que eles contaram com a felicidade de um gol logo cedo no Camp Nou. Só que foi a aplicação tática deles, aliado com a velocidade do Chori Dominguez nos contra-ataques, que resultou na vitória inesperada.
E por que deu certo? Pela consciência do desnível técnico. Messi, Ibra, Dani Alves, Xavi, Henry são jogadores de qualidade ímpar e que sabem usá-la com rapidez e precisão cirúrgica. Tudo o que necessitam é de espaço, coisa que não tiveram contra os russos naquele 20 de outubro.
Por uma feliz coincidência para os sonhadores argentinos, a marcação e a força nos contra-ataques são as características de maior valor deste grupo do Estudiantes. Foi assim na conquista da Libertadores e deve se intensificar ainda mais na grande final.
Cellay, Desabato e Ré serão os protetores da zaga, contando agora com três homens. Clemente Rodriguez e Juan Diaz como laterais, eventualmente formando uma linha defensiva de cinco jogadores, com Braña de 1° volante. Benitez e Enzo Perez na velocidade e Veron na armação como articuladores de Boselli, o artilheiro.
Como já dito pelo técnico Alejandro Sabella, a idéia é impedir que eles tenham tanta liberdade com a bola como são acostumados a ter. Já que Guardiola não contará com Iniesta, a tarefa tende a ficar menos difícil. Mesmo assim, ainda é bem complicado, pois esta tática tem efeitos colaterais.
Tentar sufocar a posse de bola do Barça tanto pode impedir que a bola chegue em Messi e Ibra como pode dar ainda mais espaço. Afinal, os blaugranas jogam naturalmente com o domínio da bola já a muito tempo, e mesmo que tenham caído em ocasiões como a do Rubin Kazan, já triunfaram contra várias outras defesas bem armadas.
É um risco, embora necessário, pois querendo ou não, o Barça é favorito. O otimismo deve se manter firme, pois Verón e seus companheiros de guerra são prova definitiva de que também existe qualidade entre os Pinchas. A mesma qualidade, aliás, que os guiou até Abu Dhabi.
Estudiantes: Albil; Cellay, Desábato e Ré; Clemente Rodriguez, Braña, Benítez, Pérez, Verón e Juan Manuel Diaz; Boselli. Técnico: Alejandro Sabella
Barcelona: Victor Valdes; Daniel Alves, Puyol, Piqué e Abidal; Yaya Touré, Busquets e Xavi; Pedro (Henry), Messi e Ibrahimovic. Técnico: Pep Guardiola
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