Um homem de (muitas) palavras
Diego Maradona gosta mesmo de conversar. Suas coletivas à imprensa são longas e muitas vezes sem nenhuma resposta. Quando as tem, todavia são ásperas e árduas. Com os seus jogadores não é diferente. Depois de um bate-papo com Juan Sebastian Verón, ainda na Argentina, e com Fernando Gago, nesta segunda, hoje é o dia de Lionel Messi explicar-se ao comandante da Seleção de seu país.
A intenção é antiga. Na verdade, desde a classificação para a Copa do Mundo, em Montevidéu, após mais uma noite apagada de Lionel Messi. Mas como Maradona é uma daquelas pessoas que não se adaptou as coisas modernas, preferiu uma oportunidade para uma conversa cara a cara.
Lembram-se das falas de Diego? “Quero conversar com ele, para se soltar. Ele é o melhor do mundo, mas não demonstra isso com a gente, mesmo a gente armando uma equipe para dar liberdade a ele”.
Quais seriam as respostas de Messi? Ou melhor: o que Maradona acrescentaria nesta citação acima? Uma pressão daquelas que pode tirar a titularidade do jogador, logo de seu maior xodó. Lio deve mesmo ficar ouvindo e acatar as sugestões, como já fez com todas as críticas que vem a ele. Um desabafo poderia vir a sua maneira, mas nada bombástico. É o que se espera.