Um dos maiores da história, Di Stéfano morre aos 88 anos
Em meio à vitória da Seleção Argentina sobre a Bélgica, uma notícia deixava toda a imprensa em alerta. Alfredo Di Stéfano sofreu um ataque cardíaco no sábado e entrou em coma. Dois dias depois, com 88 anos, o ex-jogador não superou a crise e em meio a Copa do Mundo, torneio que nunca pôde disputar, acabou falecendo no início da tarde do Brasil. Di Stéfano está entre os principais jogadores da história do futebol mundial, e para muito, o melhor da história.
Alfredo Di Stéfano nasceu no bairro de Barracas em Buenos Aires, atuando por River Plate, Huracán, Millionários da Colômbia, Real Madrid e Espanyol. Marcou 789 gols como profissional. Conquistou nada menos do que cinco Liga dos Campeões da Europa. Nesse período, conquistou por duas vezes o prêmio de melhor jogador do Mundo – na época dado pela revista France Football. Em 2000, virou presidente de honra do Real Madrid.
Seu único título com a Seleção Argentina foi durante a Copa América de 1947. Foram apenas seis jogos pela Albiceleste, todos eles naquele torneio, em Guayaquil, no Equador. Marcou seis gols, sendo três na Colômbia e os outros sobre Bolívia, Peru e Chile. Como a Argentina não quis participar das elimintórias às Copas de 1950 e 1954, o jogador não pôde defender o seu país de origem em mundiais. Ainda assim, não poderia ser convocado, pois na época a Argentina não convocava atleta do exterior.
Anos depois, em 1956, teve a oportunidade de jogar pela Espanha (onde fez 31 partidas e 23 gols, um deles sobre a Argentina, inclusive). Mas ainda assim não pode disputar a Copa do Mundo por três motivos: em 1958, os espanhóis não se classificaram; em 1962, acabou se lesionando na véspera da Copa, mas viajou com a delegação com a possibilidade de atuar na segunda fase, mas a Furia foi eliminada ainda na primeira; e em 1966, ele chegou ao fim de sua carreira futebolística. Ainda que tivesse oportunidade de jogar no mundial da Inglaterra, a FIFA impedia desde 1962, após o do Chile, que jogadores naturalizados atuassem pela seleção de adoção se já tivessem jogado pela do país natal.