Treino aberto da Argentina é marcado por invasão, idolatria e atividade leve
De Belo Horizonte – O torcedor da Argentina pode sentir pela primeira vez que a Copa do Mundo realmente chegou para a sua Seleção. Em um treino aberto que durou pouco mais de 30 minutos no estádio Independência, os 10 mil torcedores – 4,5 mil distribuídos ao público e o restante ao Governo – entoaram gritos a Lionel Messi e companhia, mesmo em uma atividade que não acrescentou em nada ao trabalho para a Copa do Mundo.
Com pouca segurança dentro do estádio, o Independência foi motivo de invasão por vários torcedores. Algumas crianças também conseguiram entrar no campo de jogo e foi inclusive ‘salvo’ pelo zagueiro Federico Fernandez, que o segurou e levou para os vestiários. Outro reverenciou Lionel Messi. Com o seu boné, o torcedor ‘engraxou’ a chuteira do argentino, que o tratou com carinho.
Mas quem roubou a cena e risos dos argentinos foi Robson Oliveira. Sósia de Ronaldinho Gaúcho, o torcedor chegou a cortar a mão na invasão, abraçou e cumprimentou Lionel Messi, Fernando Gago e Ezequiel Lavezzi. “Venho a vários jogos do Atlético, fica um mundo de seguranças e hoje estava vazio, só tinha um segurança. Foi o único que correu atrás de mim. Mas valeu a pena ter pulado, ter falado com o Messi, disse que ele era maravilho. Valeu a pena o risco, ter me machucado, com a minha mão enganchando no vidro”, destacou.
O sósia de Ronaldinho ainda disse que Messi pensou realmente que era o jogador do Atlético. “Ele olhou para mim com uma cara de ‘o que você está fazendo aqui? Você não precisa fazer um negócio desses! Ele falou para mim ‘fica calmo, com uma voz mansa’. Abracei, os seguranças estavam no meu pé”, disse.
Para a Seleção em si, o trabalho não foi tão produtivo, se tornando apenas uma exibição. Os jogadores não fizeram sequer um trabalho de finalização, como se chegou a esperar, produzindo apenas um trabalho de controle de bola e um tênis-futebol, uma espécie de futevôlei. O trabalho serviu mais para Rodrigo Palácio, que fez um trabalho diferenciado e mais forte no lado aposto aos vestiários. Num todo, serviu também para mostrar a Seleção que eles não estão a sós, mesmo em terra hostil.