Primeira Divisão

Torneio Final tem novo líder

Envolto em certo momento de dúvidas, questionamentos e até rebeldia, o Racing entrou em campo com um objetivo bem calculado: não levar um sapeca do Lanús. E foi com essa proposta que ficou confuso e sem saber o que fazer em campo. Já o Lanús, plantou seus homens do meio-campo para trás e assumiu somente a proposta de sair numa boa. Esta proposta foi melhor que a do Racing. Só que foi insuficiente para levar o time do Sul à vitória. Ainda assim, o conjunto granate chegou a 10 pontos e agora segura a liderança isolada do Torneio Final.

Jogo começou com farta disposição das duas equipes, só que nada de situações claras de gol. O Lanús entrou plantado atrás e procurando jogar só nos erros do Rancing. No início, a proposta do Racing em procurar o ataque foi mais efetiva. Porém, faltava ao conjunto de Zubeldía uma melhor criatividade no meio. Presença de Camoranesi como enganche não funcionava. Tampouco os volantes que jogavam em seu apoio conseguiam acionar o ataque acadêmico.

Aos poucos, a proposta granate começou a surtir efeito. Assim foi que as duas chances de gol foram do time do Sul. Na melhor delas, Ismael Blanco teve a chance do jogo no primeiro tempo. Esteve diante de Saja, mas perdeu. De maneira muito tranquila e calculada o Granate tomava os espaços do campo. Isto acontecia porque o ataque acadêmico não incomodava. Os defensores granates se adiantavam e aumentavam o poderio granate no meio. Só que isto não foi suficiente para mexer no placar. Desta forma, o 0x0 da primeira etapa foi justo.

No segundo tempo, o Lanús voltou melhor. Propôs o jogo, mas só a partir dos erros do Racing. E foi dominando pouco a pouco. Assim foi que aos 19 minutos, a partir de um contra-ataque rápido, Regueiro saiu na cara do gol e só não fez porque Bolatti se recuperou na jogada. O Racing tentava ir ao ataque, mas não contava com boa apresentação de seu meio-campo. Por outro lado, seus jogadores se deparavam com uma ótima performance de Pocho Chávez, Blanco e Romero, pelo Granate. Desta forma, embora a bola chegasse pouco no ataque visitante, bastava chegar lá para que o perigo de gol rondasse a meta de Saja.

Aos 33, Romero quase guarda a pelota no arco de Saja. Só que no contra-ataque, De Paul carregou a pelota pela direita e cruzou na medida para Vietto. Foi por muito pouco que o gol não saiu. A escapada do Racing não aconteceu por acaso. Foi o efeito das modificações de Zubeldía. Com a entrada de Pérez Guedes e Fariña, nos lugares de Pelletieri e Camoranesi, a criatividade melhorou no meio-campo acadêmico. Só que essas alterações foram tarde. E não resultou na mudança nos rumos do cotejo.

Além disso, era o Lanús quem mandava no jogo e principalmente no segundo tempo. E no total dos 90 minutos ficou claro que Saja foi um dos nomes da peleja. Salvou a Academia algumas vezes e garantiu o planejado empate para o conjunto local. Com o apito final de Diego Ceballos ficou tudo bem para o Racing e ficou melhor ainda para o Granate, que chegou à liderança isolada do Torneio Final.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

doze − seis =

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.