Torcida argentina demorou empolgar como na Copa e Tévez segue ovacionado
De La Portada, Chile – Silêncio em La Portada nos minutos iniciais. Os quase 10 mil argentinos que conseguiram entradas para a estreia da Argentina na Copa América custaram entrar no clima do jogo no frio fim de tarde em La Serena.
Nos extremos dos estádios, na categoria Sur de La Portada ficavam os mais efusivos, que puxavam os cantos para incentivarem a Argentina em campo. Bem verdade que os demais 8 mil espectadores estavam divididos em paraguaios e os entusiasmados chilenos que esperavam para ver Messi em campo.
Demorou, mas os gols e o bom futebol do primeiro tempo ajudaram que os hinchas entrassem no ritmo. O clima de festa no final do primeiro tempo era evidente, com cânticos e gritos soberbos de “olé”.
No intervalo, torcedores já com aspecto de alívio, justo aliás pelo que tinham acabado de presenciar. Incrível, as manifestações com pedidos por Tévez já aconteciam antes mesmo do apito dos primeiros 45 minutos e a goleada era uma certeza. O clamor por Tévez parecia um filme repetido de 2011, na Copa América da Argentina. Enorme o carinho por Carlitos.
O clima de confiança pareceu ter se transferido para a Argentina em campo, onde poderia ter definido o jogo logo nos primeiros instantes da segunda etapa. Desperdício de chances e um acômodo no placar. Nada resolvido. O belo gol de Valdez desencadeou olhares assustados dos argentinos em La Portada, como se o empate fosse questão de tempo.
Martino respondeu com Tévez. O ovacionado Carlitos fez função que não lhe é comum, voltando para marcar lateral e avançando pelos lados, com poucas centralizações para remate, como costuma ser mortal. A Argentina passou a errar inversões e expôs em pelo menos três situações sua defesa em minoria diante do ataque paraguaio.
O gol do empate parecia questão de tempo. Dito e feito. O segundo gol da Albirroja veio faltando cinco minutos para o final do jogo. Bela festa paraguaia nas arquibancadas e expressões de inconformismo dos argentinos que deixaram o estádio. Os cantos entoados na saída do La Portada vinham exclusivamente dos paraguaios, que sentiam o feito como uma vitória do até então melhor jogo da Copa América.