Suspiro em Barranquilla e a hora do “plano B” para a Argentina de Martino
O filme se repetiu. Há 4 anos atrás, mais precisamente no dia 15 de novemnro de 2011, a Argentina suspirou em Barranquilla ao vencer a Colômbia por 2×1, com Sabella ainda no comando. Na ocasião, a Albiceleste vinha de uma derrota para a Venezuela e um empate contra a Bolívia em casa. A vitória em Barranquilla, para lavar a alma e definitivamente unir o grupo deu respaldo para Sabella, que já parecia perder forças no comando. Repleta de questionamentos precipitados, aquela Argentina de Barranquilla só parou no Maracanã, na final da Copa do Mundo.
Uma derrota ontem certamente faria Martino balançar, mesmo com o apoio declarado de Luis Segura. O empate diante do do Brasil foi indigesto pelo que a equipe apresentou, e mesmo com um cenário totalmente contra, pelos desfalques e por estar diante de uma equipe forte e empurrada por sua torcida, vencer a Colômbia em seu território era essencial. Questão de sobrevivência.
O gol de Lucas Biglia, da vitória, foi um sinal para Martino de que definitivamente é possível colocar um plano B em prática. Acostumado a falar sobre marcação no campo adversário e ter a bola nos pés para controlar o jogo, Martino ontem ousou contra seus próprios princípios. Finalmente. Uma sutil, fundamental mudança, do 4-3-3 para o 4-1-4-1, com Mascherano entre duas linhas de 4 e um meio-campo pronto para contragolpear. Contragolpeou e venceu, com mais oportunidades criadas para ampliar o placar.
Em Nuñez, contra o Brasil, marcação pressão nos 45 minutos iniciais, Banega no comando das ações e posse de bola para controlar. Sufocante. Diferente de ontem, com laterais mais presos e defesa pronta para o bote e realizar ligação para o contragolpe. A falta de um plano B na Copa América era incômoda, e por vezes, sobretudo na final, limitou a equipe. O alerta voltou, e está mais que claro: nas Eliminatórias será preciso mais.
