O jogo era duríssimo entre Boca e River no Monumental. O Boca vencia por 1 x 0, com um gol de Battaglia no primeiro tempo. O “Millo” pressionava no começo do segundo tempo e levava muito perigo, principalmente com Cavenaghi e Husaín. No entanto, era presa fácil para Schiavi, Burdisso e Clemente Rodríguez. Na frente, Donnet, Barijho, Cángele e Iarley apavoravam a defesa do River.
Aos oito minutos do segundo tempo, Iarley cercou o lateral Rojas na linha lateral pela esquerda e tomou-lhe a bola. Foi à frente, entrou na área, driblou Ameli com uma “bicicleta” (forma como os argentinos chamam a nossa pedalada) e quando viu Rojas à frente definiu com um chute cruzado e forte, não dando chances de defesa para o goleiro Costanzo. Era o segundo e último gol do Superclássico de 9 de novembro de 2003.
Com esse lance, Pedro Iarley Lima Dantas entrou para o hall dos jogadores amados pela torcida do Boca, embora tenha tido rápida passagem pela equipe xeneize. Duas semanas após esse lance, Iarley fez o gol da vitória contra o San Lorenzo, que deixou a equipe muito perto do título de campeã do Apertura 2003, feito confirmado logo depois. E no mês seguinte, o brasileiro novamente entraria para a história do Boca ao conquistar o título mundial contra o Milan de Dida, Maldini, Seedorf e Costacurta. Dois títulos importantíssimos para o Boca, que fechava o que talvez foi o ano mais glorioso de sua história e para o jogador de 29 anos.
Iarley foi notado da pior forma pelo Boca. Foi dele o gol da histórica vitória do Paysandu em plena Bombonera, pela Libertadores de 2003. Na partida de volta, o Boca fez valer sua tradição e venceu os paraenses por 4 x 2 em Belém. Mas tanto Carlos Bianchi quanto a diretoria do Boca puseram o olho no cearense de Quixeramobim e começaram a se mobilizar para trazer o brasileiro como opção para substituir Carlos Tévez. Antes do Paysandu, Iarley passou por Ferroviário, Quixadá, Real Madrid B, Ceuta, Melilla, Uniclinic e Ceará.
Em agosto do mesmo ano Iarley estreou. Com a camisa 10. No jogo contra o Gimnasia La Plata teve uma atuação pálida, o que fez com que a torcida desconfiasse dele. Mas já no segundo jogo, contra o Rosario Central, iniciou a jogada de dois gols e a equipe venceu bem por 4 x 0. Ao ser substituído, Iarley escutou pela primeira vez o aplauso da torcida do Boca. A camisa 10 do Boca, outrora vestida por jogadores do quilate de Maradona, Riquelme, Márcico e Ménendez, parecia estar em boas mãos.
Mesmo assim, era criticado pela imprensa e por uma parte da torcida do Boca pelo fato de não substituir Tévez à altura. As rodadas foram passando e o Superclássico contra o River estava cada vez mais perto. Iarley era escalado por Bianchi como titular em um jogo e em outro entrava no decorrer da partida. Até que Tévez se machucou e o departamento médico do Boca deu o veto. O “Apache” estava fora do jogo contra o River.
Iarley começou o jogo como titular ao lado de Barijho, que se contundiu durante a partida. Do início ao fim levou perigo à defesa do River e, após o gol era ovacionado pela torcida do Boca a cada toque na bola. A ponto de a apaixonada torcida criar um canto para ele no decorrer do jogo: “Y ya lo vé, es el hermano de Pelé”. Ao final do jogo, todos os meios foram unânimes: Iarley havia sido o grande destaque do jogo e fez com que ninguém desse pela falta de Tévez.
Em 39 jogos que fez pelo Boca, marcou 6 gols e ganhou dois títulos. Em 2004 continuou na equipe, mas sofreu com algumas contusões e em junho daquele ano acertou sua saída do clube. O destino foi o México, onde defendeu o Dorados. Após um ano por lá, voltou ao Brasil e jogou pelo Internacional por três temporadas. Em 2008 veio ao Goiás e desde o início desse ano atua pelo Corinthians.
O Futebol Portenho já teve a oportunidade de conversar com Iarley sobre o Superclássico. Clique aqui para ler a entrevista, realizada no ano passado pelo companheiro Rodrigo Vasconcelos.
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