Supersemana – 1928, Boca 6 a 0 e a maior goleada do Superclássico
Véspera da véspera de Natal de 1928 e o Papai Noel se vestiu de azul e ouro. As pessoas presentes naquele jogou não imaginariam que iriam assistir um feito ainda não superado, a maior goleada em um Superclássico. Em seu campo, o Boca Juniors fez 6 a 0 no seu maior rival, o River Plate.
A partida valia pela 27ª rodada da enorme Primeira Divisão da Asociación Amateurs Argentina de Football com 36 equipes. 15 partidas aconteciam simultaneamente, a maioria em Buenos Aires.
Logo aos 3 minutos de jogo Tarasconi abre o placar para os xeneizes. Aos 20 minutos, em uma situação insólita, Giglio e Uriarte, ambos do River Plate, saem de campo lesionados em um tempo onde não havia substituições.
A partida prossegue com o River Plate com nove jogadores e termina o primeiro tempo com o placar de 3 a 0, Kuko fizera aos 30 minutos e Tarasconi completara aos 40 minutos.
Começou o segundo tempo e aos 10 minutos, Kuko fez o seu segundo gol, o quarto na partida. Aos 25 minutos foi a vez de Cherro marcar o quinto gol. Dez minutos mais tarde, Gondar, do River Plate, saiu lesionado deixando River com oito.
Dois minutos mais tarde, Cherro faz o sexto gol. O capitão do River, antes do recomeço do jogo, pede gentilmente ao árbitro Forte que termine a partida mais cedo. Pedido concedido e o Superclássico com a maior goleada da história terminou sete minutos mais cedo. Tal como se diz no Rio de Janeiro, “virou três, terminou seis” (ou seria “River Plate, nós gostamos de vo6”?).
Curiosamente, esse não foi o gol com mais gols no dia 23 de dezembro de 1928. Em um jogo de 12 gols, o dobro do Superclássico, o Quilmes venceu em casa o Chacarita Juniors por 7 a 5.
O feito do Boca Juniors também não deu muita sorte para a equipe. Mesmo com 100 gols marcados, apenas 17 sofridos, 57 pontos somados em 28 vitórias e um empate, o Boca Juniors ficou com o vice-campeonato, perdendo apenas por 1 ponto para o campeão Huracán. Já o River Plate ficou com a sétima colocação e 46 pontos. O 6 a 0 foi uma exceção para uma defesa que sofreu apenas 1,2 gols por jogo.
No entanto, o onze xeneize – formado por Merello; Bidoglio e Mutis; Médici, Fleitas Solich e Moreyras; Pnella, Kuko, Tarasconi, Cherro e Evaristo – ficará sempre lembrado na história do Superclássico. Principalmente naquelas contadas em azul e ouro.