Sub 20 tenta apagar a tragédia de dois anos atrás
Desde 1995, quando a Seleção Argentina Sub20 conquistou o Mundial da categoria no Catar, após vencer o Brasil por 2×0, o a Albiceleste começou a dominar a categoria. Nos seis torneios seguintes, foram quatro títulos. Mas, no último, disputado a dois anos, a Albiceleste desperdiçou a chance de conquistar o sétimo titulo, o terceiro título consecutivo. Não por ter perdido na final, ou algo do gênero, mas sim por não ter sequer se classificado para o torneio.
Muitas pessoas de dentro da AFA apontam a não liberação de jogadores europeus, além de atletas do Huracán – Defederico, Pastore e Luciano Nieto – atrapalharam todo planejamento feito pelo então técnico Sergio Batista durante os dois anos pós-Mundial de 2007. A tragédia naquele em janeiro de 2009, foi notória a partir da primeira partida, quando ficou apenas num empate contra a Venezuela (gol de Eduardo Salvio, hoje no Benfica). Mal sabia que seria os vinotintos seriam os responsáveis por essa eliminação.
Apesar de ter terminado a primeira fase invicta, o time não convenceu. Só venceu o Peru, com muita dificuldade (2×1 de virada, com gols de Salvio e Cristaldo, do Vélez) e só empatou com Colômbia (saiu atrás do marcador mas buscou o empate em 2×2, novamente com gol de Salvio e Leandro Velazquez (Newell’s) e outro empate ante o Equador em 2×2 (gols de Gaítan, hoje no Unión de Santa Fé e Iván Bella, titular do Vélez).
Mesmo com o desempenho pífio na fase de grupos, ninguém esperava um desempenho tão horrendo na fase final. Os melhores resultados foram contra Paraguai e Venezuela, sempre em empates em 1×1. De resto só derrotas: Brasil 2×0, Uruguai 2×1 e Colombia 1×0. A eliminação, todavia, foi justamente contra a Venezuela. Depois de várias chances desperdiçadas, a Argentina acabou tomando um gol aos 40 minutos. Buscou o empate aos 47, mas em vão. O time tinha até chances de se classificar, mas acabou perdendo para a Colômbia enquanto a Venezuela goleava o Uruguai.
Neste ano a Argentina tem tudo para mudar o panorama de dois anos atrás. Conta com uma boa seleção, apesar de não ter estrangeiros. Além disso, conta com bons nomes como é o caso de Martín Nervo, Leonel Galeado, Roberto Pereyra, Ezequiel Cirigliano, Manuel Lanzini, Mauro Díaz, Funes Moris, Michael Hoyos, Bruno Zuculini, Claudio Mosca, Rodrigo Battaglia e Sergio Araujo. Grande parte destes jogadores esteve no Mundial da África do Sul como sparrings para a seleção principal e já adquiriram uma experiência. Ao menos é o que se espera.
GOLEIROS: Esteban Andrada (Lanus), Damian Martinez (Arsenal-ING) e Rodrigo Rey (River Plate)
DEFENSORES: Lucas Rodriguez (Argentinos Jrs.), German Pezzella (River Plate), Leandro Gonzalez Pires (River Plate), Nicolas Tagliafico (Banfield), Adrian Martinez (San Lorenzo), Martin Nervo (Arsenal), Leonel Galeano (Independiente)
MEIOCAMPISTAS: Mauro Diaz (River Plate), Manuel Lanzini (River Plate), Roberto Pereyra (River Plate), Ezequiel Cirigliano (River Plate), Michael Hoyos (Estudiantes), Bruno Zuculini (Racing), Claudio Mosca (Arsenal), Rodrigo Battaglia (Huracán) e Juan Iturbe Arevalo (AFA)
ATACANTES: Gabriel Funes Mori (River Plate), Sergio Araujo (Boca Juniors) e Facundo Ferreyra (Banfield).