No momento em que comprei as passagens de ida e volta para Buenos Aires, a preocupação central passou a ser como conseguir ingressos para os jogos que quero assistir, ou então, simplesmente, como entrar nos estádios que eu planejo ao menos visitar.
Muitas vezes me dou por satisfeito de apenas ir até o estádio, dar uma volta completa no seu quarteirão e tirar fotos dos pontos mais bonitos, aqueles que chamam mais atenção. Mas, se você está lá, na porta de um local em que tantas histórias de futebol foram vivenciadas, porque não tentar entrar neles. O check-in só vale se você entra!
No Brasil, não sei se por ser nosso país, tudo parece mais fácil. Lá na Argentina, ainda há maiores mistérios de como acessar as “canchas”, pelos mais diferentes meios.
Antes de falar do que já senti sobre essa aventura portenha antes mesmo dela ter começado, queria contar uma história. O dia que estava em Santiago, na casa de um amigo – o Fernandinho Chican – e olhei a tabela do campeonato, vendo que haveria o clássico Católica x La U.
A contragosto, convenci ele ao menos a ir até o estádio comigo. Vivenciar o clima de um clássico é legal demais. Mas, ao chegar lá, confirmamos o que eu já era esperava: os ingressos estavam esgotados. Mas disse a ele que haveria algum jeito.
Quantos anos eu não entrei no antigo Parque Antártica por um jeito tão simples, pelo portãozinho da área de imprensa, quando eu ainda tinha 14, 15 anos. Eu não era e nem sonhava ser jornalista esportivo naquela época.
No clássico chileno, foi simples. Achar a pessoa certa e fazer a pergunta certa (Cuanto cuesta). Pronto, em poucos minutos já estávamos atravessando um portãozinho (mais um na minha vida) de serviço com o ok do nosso “guia turístico”.
Bom, na Argentina o jogo que para mim será impossível é River x Boca no Monumental de Nuñez. Até tentei alguma forma/caminho como jornalista, mas por lá não é fácil. O credenciamento fechou 8 horas antes de eu descobrir como funcionaria a accreditación, mais de uma semanas antes do jogos. Mas, mesmo assim, dificilmente eu preencheria os requisitos. O jeito vai ser ir lá no dia, com cara, coragem e ideias.
Para Racing x Flamengo, que vai ser “O Jogo” da minha viagem, aí foi de outra forma. Consegui ingresso após uma saga que durou alguns dias, enchendo o saco do ex-presidente da filial Racing Brasil. Vou com o sócio torcedor de um amigo brasileiro, que é tão fanático pelo Racing que ele tem a associação mesmo indo lá 1 ou 2 vezes por ano.
O mais difícil e marcante foi buscar com ele sua carteirinha de sócio. Combinei de encontrá-lo no último sábado. Quando ele falou onde o encontrar, no bairro de Guaianases (40 km de minha casa), eu não pensei duas vezes e disse “tô indo”. Rapaz, quem pensava que a Zona Leste de SP se resumia a Mooca ou Tatuapé, estava muito enganado.
São Miguel Paulista, Itaim Paulista… Esses são só dois dos gigantescos bairros que você passa até chegar em Guaianases. Mais um pouco, você está em Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, cidades vizinhas. São Paulo é uma cidade gigantesca. Nunca menospreze ela. Foram quase 1h30 dirigindo até lá, conhecendo ainda mais minha cidade. Dizem que sou o “Coguber”. Errado não estão. Depois, a volta foi mais tranquila, pelo bairro de Itaquera.
Sobre as visitações guiadas ou não (o que significa apenas bater no portão e ver se alguém me atende), os clubes maiores têm estrutura e informações fáceis de como conhecer os estádios. Já os pequenos, tentei contato via Instagram com 20. Apenas três me responderam.
Fato é que irei aos estádios (não sei se todos, mas vou tentar) que mapeei. E sim, Buenos Aires em sua região metropolitana tem muitos estádios. Pelo o que contabilizei, 34 ao todo num raio de 20, 30 km do centro.
Minha meta no momento passou a ser conhecer (vendo jogo ou entrando ao menos) mais estádios em Buenos Aires do que os 14 que conheço na Grande São Paulo: Arena Barueri, Municipal José Liberatti (Osasco), Morumbi, Pacaembu, Canindé, Palestra Itália, Nacional, Juventus, Alfredo Schuring, Itaquera, Bruno José Daniel (Santo André), Primeiro de Maio (São Bernardo), Anacleto Campanella (São Caetano) e Arena Inamar (Diadema).
A disputa porém, não é 14 x 0 para Grande SP X Grande BsAs. Lá, já fui em jogos ou visitei, Estádio El Cilindro, do Racing Club, Monumental de Nuñez, do River Plate, La Bombonera (tour), do Boca Juniors, Diego Armando Maradona, do Argentinos Juniors, José Amalfitani, do Veléz Sarsfield, ou seja, 14×5. Espero virar esse “placar” nos meus Sete Dias de puro futebol em Buenos Aires.
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