Poucas horas antes do “jogo da vida” do San Lorenzo, o técnico Edgardo Bauza confirma a equipe titular que pleiteia ser o “pesadelo” para o Real. A escalação surpreende por ser a mesma do jogo de estreia. Desta forma, Romagnoli seguirá como opção no banco de reservas, assim como Mauro Cetto, que deverá torcer para um bom desempenho de Yerpes. Tudo pronto para o jogo, agora é dentro de campo.
Seis meses atrás e ninguém imaginava que o San Lorenzo poderia chegar no dia de provar para o mundo inteiro a sua grandeza. Falta menos de 24 horas para isto acontecer. Neste sábado, 20 de dezembro, o Ciclón vai a campo contra a máquina madrilenha de Cristiano Ronaldo, Bale, James Rodríguez, e tantas outras feras conhecidas do futebol atual. Mesmo assim, o técnico do conjunto de Boedo se nega a fazer o papel do técnico de estilo fanfarrão. Bauza antecipa o escalação do San Lorenzo e, para a surpresa de todos, vai sem nenhuma modificação em relação à formação que sofreu para superar a “baba” neozelandesa.
Sendo assim Romagnoli segue no banco de reservas. O craque ainda não está no melhor de sua forma, embora tenha sido um dos responsáveis pela mudança do jogo, quando entrou na peleja contra o Auckland. “Pitu” Barrientos segue na titularidade e terá mais uma oportunidade para provar que sua contratação foi uma das ações mais felizes da gestão Lammens/Tineli. O curioso é que enquanto o “Piti” fica no banco por sua limitada condição física, o “trator” Ortigoza se mantém na equipe, embora também não esteja no melhor de sua forma física.
Outro que tinha a expectativa de ganhar uma vaguinha no time era Matos. Não vai dar. Bauza segue apostando em Cauteruccio, embora o “matador” uruguaio não joga uma partida convincente há mais de um ano. Bom considerar que o treinador do San Lorenzo é um calculista frio que sabe como ninguém qual é a real condição de qualquer um de seus comandados. Sendo assim, é de se esperar também que Romagnoli, Matos e até Villalba entrem na partida, na segunda etapa ou na prorrogação. Mas isto vai depender de como estiver o elenco dentro de campo, além do resultado parcial do encontro. Então, eis a equipe para a final do Mundial, perfilada num 4-5-1:
Sebastián Torrico; Julio Buffarini, Walter Kannemann, Mario Yepes, Emmanuel Mas; Gonzalo Verón, Juan Mercier, Néstor Ortigoza, Enzo Kalinski, Pablo Barrientos; e Martín Cauteruccio.
Quando fala do Real, Bauza se recusa a achar Cristiano Ronaldo o único “monstro” a ser considerado para uma anulação básica, durante o jogo. Ele chama o rival de “constelação de estrelas”, aludindo ao fato de que a esquadra madrilenha pode perfeitamente brilhar e superar o Ciclón sem que o craque português dê a sua colaboração. Ao mesmo tempo, prefere afirmar de forma objetiva a força de sua equipe para o confronto. O técnico argentino não é um tolo, que aposta em fórmulas mágicas ou fica esperando por um milagre. Quando ele vê alguma chance de superar o Real, suas retinas, atreladas a seu raciocínio meticuloso, vê coisas que ninguém mais vê. Vejamos então se isto será suficiente para o título no confronto de amanhã.
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