Sem meter medo a ninguém
A primeira partida da Copa, após um espera de quatro anos (e um pronunciamento desnecessário de Blatter, com os times perfilados em campo) contou com duas equipes que podem ser adversárias da Argentina nas oitavas da final, apesar do resultado de hoje.
Mas, tanto África do Sul, quanto o México, demonstraram um futebol digno de abertura de Mundial. Muito tenso e com poucas chances de gol. Somente na segunda etapa os times entraram em campo, de fato. Os mexicanos, num falso 4-3-3, exageravam na subida dos alas, deixando os lentos, Rodríguez, Osorio e Marques (escalado como primeiro volante, mas jogou como libero) na linha defensiva.
Até por isso, os bafana-bafana fizeram o primeiro gol, num contra-ataque rápido ante uma defesa morta. Resultado, um golaço de Siphiwe Tshabalala, contra um fraco O. Peréz. O jogador, talvez por uma politicagem da FIFA, foi eleito o melhor em campo. Algo errôneo por parte da entidade, já que o jovem promissor Giovanni dos Santos dominou a meia esquerda e o ataque mexicano.
O ex-Barcelona, por sinal, pode ser o único problema para os argentinos, em caso de um novo confronto das oitavas de final, como no ano passado. Outro jogador que é bom abrir os olhos é Guardado. Entrou no segundo tempo, meteu a bola na área para o gol de Rafa Marquéz.
O que se pode concluir, por fim, são que os bafana-bafana são fáceis de serem desarmados, que jogam muito na correria e não produzem um bom futebol, a não ser nos contragolpes. Os mexicanos são aguerridos, perigosos, mas bem marcados, principalmente no meio campo, são fáceis de serem batidos.
