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Sem bate-cabeça no Monumental de Nuñez

Com risco de desabamento, o Estádio Antonio Vespuci Liberti, do River Plate, tem uma regra nova para os shows de música: por mais animada que seja a música, o público deverá ficar sentado. A aplicação disso no último show, do Bon Jovi, foi feita, mas com ressalvas por parte das fãs.

Tal como foi veiculado pelo lanacion.com, o pogo no gramado – o amigável bate-cabeça – impacta gravemente a estrutura do Monumental de Nuñez causando rachaduras na estrutura do estádio e, principalmente, nas construções vizinhas do estádio.

O governo municipal realizou estudos e até mesmo um plano para reduzir as vibrações do pogo com o revestimento do gramado com um material especial. No entanto, para a advogada dos vizinhos, Ana Paulescu, “esse plano é uma ofensa ao cidadão e um negócio muito bom. Não se explica como as medições sempre foram ruins, inclusive as do governo, e os shows continuaram”.

Essa briga data de 2003 e a advogada garante que não há jeito de reduzir as vibrações. Só o fim dos shows acabaria com o problema.

Rafael Duarte Oliveira Venancio

Em 2010, na primeira versão desse texto, Rafael Duarte Oliveira Venancio escrevia para o Futebol Portenho, era professor do Senac e doutorando na USP. Em 2014, era professor doutor da Universidade Federal de Uberlândia e mantinha o blog Lupa Esportiva no Correio de Uberlândia. Agora, em 2020, é pós-doutor pela ECA-USP, além de escritor e dramaturgo com peças encenadas em 3 países e em 3 línguas. Nestes 10 anos, sempre tem alguém comentando este texto com ele, seja rindo, seja injuriado...

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