Sem Ballack, Alemanha mostra o melhor futebol da Copa
Ballack? “Wer braucht Ballack?”, perguntam os alemães. Sem dúvida que o volante do Chelsea adicionaria uma dose ainda maior de talento a Nationalelf. Além disso, qualquer resultado diante de uma envelhecida e enfraquecida Austrália precisa ser relativizada, já diria o físico também germânico Albert Einstein. Mesmo assim, o que se viu em Durban destruiu a ideia dos críticos que acreditavam numa queda de força brusca da Alemanha, pois até para as seleções favoritas, conseguir um 4 x 0 não está sendo e nem deverá ser fácil para ninguém.
O placar por si só não é a única coisa impressionante, aliás. O futebol coletivo apresentado pelos comandados de Joachim Löw não mudou nada em relação ao país vice-campeão na Euro 2008 e que passou pelas eliminatórias europeias sem grandes problemas. Continuam com o estilo ofensivo da paciência e eficiência, tal como o Estudiantes faz na América, supervisionado por Sabella. Até porque, embora a perda de Ballack (42 gols em 98 jogos pela seleção) signifique muito na questão técnica, Khedira fez com que o 4-2-3-1 alemão continuasse consistente.
O resultado estava em Durban, para quem quisesse ver. Özil comandando o meio-campo com rapidez e maestria. Podolski e Müller da mesma forma pelas alas. Klose, e no segundo tempo Cacau, finalizando sempre com perigo (10 vezes em direção ao gol no total). De modo que a goleada se tornou inevitável.
Contudo, não nos esqueçamos da “frase de Einstein” citada acima. O passeio de hoje foi facilitado por uma frágil defesa australiana, tanto que o próprio Löw admitiu isso após o jogo. A vitória serviu para mostrar que Ballack não é imprescindível para a Alemanha. No entanto, durante o jogo os Socceroos mostraram que a Nationalelf não possui uma equipe perfeita, pois com uma dupla de zaga lenta e dois laterais que sobem muito, a defesa se tornava vulnerável a contragolpes. Ou seja, os alemães são sim os mais fortes, mas só dentre as 16 seleções que jogaram até hoje.