Nesta terça feira surgiu uma bomba envolvendo o futebol argentino. Policiais lacraram a sede da AFA a mando da justiça argentina, que busca documentos que comprovem o roubo de dinheiro público envolvido no Futbol para Todos, o programa de transmissões do futebol local, mantido pelo governo do país.
Tudo começou com uma denúncia da legisladora portenha Graciela Ocaña. Segundo a parlamentar, há uma grande diferença entre o dinheiro que sai dos cofres públicos e o que chega efetivamente aos clubes. Ocaña afirmou que, de um lado, o governo gasta 1,5 bilhão de pesos por ano com o Futbol para Todos, enquanto que os clubes recebem um total de 900 milhões. Os outros 600 milhões, afirma a mesma fonte, ficariam pelo meio do caminho.
O programa Futbol para Todos surgiu em 2009, quando os clubes, endividados, pediram um aumento nas verbas de transmissão, o que foi negado pela detentora dos direitos. O governo federal percebeu uma possibilidade de ganhar capital político, já que havia muita insatisfação com o modelo das transmissões. A TV aberta só mostrava poucos jogos, sempre os menos importantes. Todos os jogos de interesse eram mostrados apenas em Pay-Per-View. Os canais abertos e de cabo sequer podiam mostrar os gols das partidas até que eles fossem exibidos nos domingos à noite, no programa Futbol de Primera, do canal 13 (do grupo Clarín, detentores dos direitos de transmissão em parceria com o canal TyC Sports).
O governo federal aproveitou a oportunidade e deu à AFA o sinal verde para quebrar o contrato vigente. Nascia o Futbol para Todos, associação entre a Casa Rosada e a AFA. O governo aumentou as verbas de transmissão e a AFA passou a controlar o televisionamento das partidas, que são exibidas em canais abertos (geralmente nos canais 7, 9, 26 e America). O governo ganhou popularidade, a AFA expandiu seu poder, passando a ter controle sobre as transmissões, e o público ganhou a oportunidade de ver todas as partidas ao vivo na TV aberta.
O grande problema: desde os primórdios do Futbol para Todos há muitas suspeitas de apropriação de dinheiro público. Coincidência ou não, as investigações começaram para valer assim que Julio Grondona morreu. As suspeitas são direcionadas às duas pontas da parceria: não se sabe se, caso haja apropriação indébita, ela seja da parte da AFA ou do governo, mas a princípio ambos são suspeitos. De toda forma, o prosseguimento das investigações deve esclarecer as dúvidas.
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