Schiavi pode regressar ao Boca
Nos últimos dias muito se falou de um possível retorno de Rolando Schiavi ao Boca Juniors, clube pelo qual o jogador foi campeão da Libertadores. Para muitos isso era pouco mais que um balão de ensaio, dado que El Flaco já tem 38 anos e teve um fraco desempenho no último Clausura. Mas hoje o presidente do Boca, Jose Amor Ameal confirmou o interesse, e se disse otimista quanto à concretização do negócio.
Em entrevista à rádio Cooperativa, Ameal disse que “Há muitas possibilidades de que Schiavi venha a ser jogador do Boca”. Acrescentou ainda que “Queremos um goleiro, dois defensores e um atacante, mas sem fazer nenhuma loucura”. Confirmou o interesse no goleiro Mariano Andujar, do Catania, mas lembrou o alto valor da negociação, deixando nas entrelinhas que é uma situação difícil de contornar.
O possível retorno de Schiavi, que já se desvinculou do Newell’s, tem dividido a comunidade xeneize. O jogador, que havia feito um bom Apertura (chegando a despertar já em janeiro o interesse do Boca) afundou no Clausura junto com sua equipe. E é um atleta que já chegou aos 38 anos. Por esses motivos, muitos crêem que sua contratação seria um erro.
Por outro lado, é corrente a avaliação de que os três zagueiros que têm atuado pelo clube (Cellay, Insaurralde e Caruzzo) não tem qualificação para jogarem sem a presença de um jogador de maior categoria a seu lado. Nessa visão, os três tiveram bons momentos em seus clubes anteriores por atuar ao lado de um jogador mais sólido, mais capaz de impor respeito (no caso de Insaurralde, o próprio Flaco, no Newell’s). Assim, faltaria ao setor defensivo do Boca um jogador com as características de Schiavi, um líder, um xerife, alguém que imponha respeito.
E há ainda os que lembram seu papel de líder, capaz de melhorar o sempre conturbado ambiente interno do clube. Para os que defendem esse ponto de vista, El Flaco seria um importante elemento para estabilizar os vestiários xeneizes, além de ser capaz de sair em defesa do grupo quando necessário. Finalmente, argumenta-se que seu fraquíssimo desempenho no Clausura não foi sua inteira responsabilidade, já que a equipe rosarina despencou fortemente no torneio.