Categories: Boca

Schiavi: “obviamente gostaria de ter batido o pênalti”

Nem a impressionante reação no superclássico de ontem acalmou o clima no Boca Juniors. Após enfrentar o River Plate pela última vez, Rolando Schiavi deu entrevista em que não economizou palavras. Criticou os que acreditam que jogadores xeneizes têm se empenhado menos do que o normal, alfinetou jogadores rivais e se mostrou contrariado por não ter sido escolhido para cobrar o pênalti.

“Levamos um gol muito cedo, e demoramos para nos achar em campo. Não criamos nada no primeiro tempo. Ficamos nervosos e não conseguimos tocar a bola, demos muitos chutões. O gol nos abalou muito. É muito complicado jogar como se já entrássemos em campo perdendo”, analisou o Flaco. E continuou: “no segundo tempo mudamos muito a atitude, e assim pudemos igualar o jogo. O empate no fim foi justo, porque no segundo tempo arriscamos mais. Nos matamos em campo, dominamos o jogo e empatamos bem ao estilo do Boca”.

Schiavi tampouco deixou de rebater comentários provocativos de jogadores rivais, em especial Lanzini: “Quem falou ficou no banco. É preciso falar dentro de campo. É uma característica dos jogadores do Boca não falar antes dos clássicos, sempre medimos as palavras e tratamos de não subestimar ninguém. A verdade se viu dentro do campo de jogo”.

O líder da defesa xeneize também mandou um recado aos que pensam que os jogadores do plantel não tem se empenhado, o que inclui o presidente Daniel Angelici: “nunca tivemos dúvidas sobre a atitude dos jogadores, como alguns disseram. As vezes não jogamos bem, mas a equipe sempre joga tudo o que pode. Ficou demonstrado que somos um grupo de bons jogadores que pode enfrentar qualquer um”.

Ao fim, o zagueiro não escondeu a frustração por não ter cobrado o pênalti, convertido por Santiago Silva: “já estava definido que Santiago cobraria um eventual pênalti. Obviamente gostaria de ter cobrado, mas foi uma decisão do técnico e é preciso respeitá-la. Cobrei pênaltis por toda a minha vida e gostaria de tê-lo feito, mas não tenho por que falar com Julio”

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

Recent Posts

Fé, futebol e San Lorenzo: o Papa foi Copa!

O sócio 88.235 do San Lorenzo faleceu aos 88 anos às 2h35 no fuso horário…

1 semana ago

Recordes, loucura e longevidade sob as traves: relembre Hugo Gatti

Originalmente publicado nos 75 anos de Gatti, em 19.08.2019. Revisto e atualizado em 21.04.2025, dia…

1 semana ago

Elementos em comum entre Corinthians e Huracán

Adversários hoje na Copa Sul-Americana, Huracán e Corinthians trocaram muitas figurinhas entre 2009 e 2010.…

4 semanas ago

As máquinas caça-níqueis são o fascinante jogo de cassino online

As máquinas caça-níqueis são um dos jogos de casino mais preferidos do mundo, tanto no…

1 mês ago

Rubén Bravo: Botafogo já teve o maestro do Racing

Até a Recopa 2025, a ausência de qualquer duelo que não fossem dois amistosos revela…

2 meses ago

Elementos em comum entre Huracán e Vélez, que revivem a “final” de 2009

Com agradecimentos especiais à comunidade "Coleccionistas de Vélez Sarsfield", no Facebook; e aos perfis HistoriaDeVelez…

5 meses ago

This website uses cookies.