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San Lorenzo empata com Newell´s, em Rosário, e segue na zona da “promoción”

No encontro do Newell´s com o San Lorenzo, em Rosário, pode se dizer que não teve nada de novo na cancha. Do lado do conjunto local, a mesma coisa de sempre: uma equipe que ataca, cria várias chances de gol e até sufoca seu adversário, mas que, no fim das contas, nada de gols e pontos preciosos vão sendo perdidos, partida a partida. Já são 12 sem vitórias.Do lado do Ciclón, a estreia de Leonardo Madelón não modificou em absolutamente nada a performance da equipe dentro de campo. Em momento algum o conjunto azulgraná deu a entender que tinha sob seu comando um novo treinador. O resultado final foi 0x0. De certa forma justo para premiar a incompetência da Lepra e a modorra e o aparente desinteresse do Ciclón. A Lepra ainda flerta com a promoción, enquanto o Ciclón segue por lá por mais uma rodada.

Desde o início do duelo o que se viu foi um San Lorenzo modorrento e sem alma de um lado e um Newell´s bastante ativo e interessado de outro. Mas, à disposição e interesse do conjunto local não correspondia um mínimo de precisão na conclusão final. O domínio leproso vinha do trabalho realizado no meio-de-campo da equipe. Tanto no trabalho de recuperação da pelota quanto no da armação o setor era de longe o melhor do conjunto dirigido por Diego Cagna. Neste sentido, vale o destaque para duas coisas; para a presença de Diego Mateo e Pablo Pérez, no resguardo à primeira linha e à assistência aos demais jogadores do setor, e também a Figueroa e Tonso, que se degrudavam da segunda linha e praticamente apareciam na frente como dois outros homens de ataque. Já no ataque, Falcone e Urruti deixavam a desejara, apesar de se deslocarem bem pelos flancos e gerar uma grande confusão na defesa do Ciclón.

Foram várias chances de gol desperdiçadas. Isso por falta de precisão, mas também pela grande presença do arqueiro Champagne, talvez o melhor homem na cancha.

Contudo, a forte pressão leprosa da primeira etapa gerou um claro desgaste à equipe, na segunda. O ritmo da equipe caiu e permitiu que o sonolento San Lorenzo saísse mais para o jogo. As ações foram igualadas e até que o ciclón teve algumas chances de derrotar o Newell´s. Gigliotti e Salgueiro tiveram duas oportunidades claras, mas foram impedidos pelo arqueiro local.

A partir dos 30 minutos de jogo, o conjunto local voltou a dominar o jogo, como efeito das alterações processadas por Cagna. Urrutti e Vergini tiveam duas oportunidades em jogadas aéreas. Duas cabeceadas fortes na pelota que Champagne interceptou, mandando-as a córner. Por fim, Kichú Díaz arrematou de fora da área e a pelota passou raspando o travessão do arqueiro visitante. No fim das contas o resultado foi mesmo 0x0. O Newell´s jogou como tem jogado sempre as últimas partidas, sem conseguir grandes feitos. Já o San Lorenzo deu demonstrações claras de que apenas a mudança de treinador não será suficiente para acabar com a instabilidade da equipe e com seu caráter atual de equipe sempre desentrosada e sem alma. Na próxima rodada o Newell´s será visitante do Rojo, em Avellaneda; enquanto o San Lorenzo fará o “clássico” da prómoción conta o Tigre, em Nuevo Gasómetro.

Na outra partida disputada no mesmo horário, All Boys e Lanus tampouco saíram do zero a zero. O resultado foi definitivo para assegurar a presença do Albo fora da promoción por mais uma rodada, e fez com que os granates esquecessem qualquer possibilidade de título. No entanto, a equipe do sul de Buenos Aires ganhou um ponto importante para garantir a presença na Libertadores 2012.

Formaciones:

Newell´s: Sebastián Peratta; Cristian Díaz, Hernán Pellerano, Santiago Vergini, Leonel Vangioni(Augusto Mainguyague); Víctor Figueroa (Lucas Bernardi), Diego Mateo, Pablo Pérez, Martín Tonso (Ricardo Noir); Maximiliano Urruti e Federico Falcone. Técnico: Diego Cagna.

San Lorenzo: Nereo Champagne; Adrián Martínez (Nicolás Bianchi), Cristian Tula, Jonathan Bottinelli, José Luis Palomino; Fernando Gutiérrez (Leandro Romagnoli), Néstor Ortigoza, Enzo Kalinski, Sebastián González (Gabriel Méndez); Juan Manuel Salgueiro e Emmanuel Gigliotti. Técnico: Leonardo Madelón.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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