San Lorenzo cede empate ao Nacional nos acréscimos da final na Libertadores
Contra um clube querido por todo o Paraguai, até pelos rivais. Contra o estádio mais barulhento do país. Contra o velho estigma do troféu que (ainda) não tem. O San Lorenzo superava tudo isso. Foi superior no jogo contra o bom time do Nacional. Teve as chances de gol, e na melhor delas, Mauro Matos sacramentava a vitória no Defensores del Chaco. Até que Julio Santa Cruz, na raça, arrancou o empate por 1 x 1 e o grito aliviado dos locais, em Assunção.
O atacante ex-All Boys supriu de forma decisiva a lacuna deixada por Angel Correa, e na vaga que ganhou de Nicolas Blandi. Numa troca de passes bem trabalhada pela direita, o toque final foi o cruzamento de Villalba. Matos emendou de primeira, e surpreendeu o goleiro Don com um belo chute forte: 1 x 0, aos 19′ do segundo tempo.
Além de abrir o placar, o time de Edgardo Bauza ainda tinha criado mais perigo na primeira etapa com Más e Piatti. Por vários momentos, chegava até a ter mais posse de bola no campo de ataque. Se defendia bem da empolgação com boas jogadas dos anfitriões. Até o terceiro minuto de acréscimo…
Eis que vem uma bola despretensiosa, lançada do meio da rua. Escorada no meio do caminho, ela estava mais próxima da zaga cuerva, ou até das mãos de Sebastián Torrico. Mas a raça de Júlio Santa Cruz o fez chegar primeiro, com a ponta da chuteira, para o gol que dá alma nova ao Nacional Querido na final mais improvável da história da Libertadores.
No dia 13, a volta entre os dois times é no Nuevo Gasometro, em Buenos Aires. Nada de gol fora de casa como critério de desempate. Empate leva a prorrogação, e depois pênaltis se continuar tudo igual. Quem vencer leva o título inédito. E vale lembrar, que o San Lorenzo não terá Piatti.
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