A morte de Julio Grondona deixou um vazio dentro da Associação de Futebol Argentino. Uma possível ‘nova Era’, com um novo presidente, só seria pensada a partir do segundo semestre do ano que vem, quando estavam planejadas as eleições para sua sucessão (Grondona informara que não se reelegeria). Sequer nomes foram cogitados, seja de situação ou oposição, o que aumenta a incerteza do futebol argentino.
Até outubro deste ano, quando haverá uma assembleia extraordinária para definir o próximo presidente para o período de um ano, Luis Segura, primeiro vice-presidente da AFA (aquele que foi flagrado vendendo entradas da Copa do Mundo no Brasil), será o presidente interino da entidade. Até lá, o primeiro vice-presidente interino passa a ser Juan Carlos Crespi, presidente do Boca Juniors, seguido por vários dirigentes de clubes menores e de Ligas menores.
Mas, quem são os possíveis nomes que poderiam comandar a AFA? Haveria mudanças de gestão, pessoas mais novas ou simplesmente as mesmas caras? Tudo indica que seja a última possibilidade, segundo o Regulamento Geral da AFA. O parágrafo quinto do Art.50º exige dos postulantes ao cargo, dentre outras coisas, um mínimo de quatro anos em diretorias de clubes argentinos ou cargos de alto escalão da AFA. Marcelo Tinelli, por exemplo, não poderia se candidatar, já que o empresário é vice-presidente do San Lorenzo somente há dois anos.
Contudo, aqueles que almejam uma mudança no futebol argentino se veem esperançosos, principalmente pela facilidade da mudança do regulamento e do estatuto da AFA. A última mudança do regulamento foi há dez anos e a do estatuto foi em 2012. Mas, com a proximidade das eleições, é bem provável que se planejem novas alterações, principalmente por aqueles que desejam a renovação da AFA. Hoje, por exemplo, Carlos Bilardo, ex-técnico e diretor da AFA, é uma possível alternativa para presidente, por conta de seus cargos dentro da entidade. Além dele, ex-presidentes de clubes também poderiam se candidatar.
Ressalta-se ainda que as eleições para o próximo presidente do País também influenciem no pleito da AFA, uma vez que o governo, nos últimos anos, vem sendo bem influente no futebol argentino, principalmente no que tange os contratos de televisão, hoje adquirido pela estatal TV Pública. Assim, o novo governante terá um peso e uma influência enorme para substituir Julio Grondona, que sempre esteve ao lado dos 13 presidentes que comandaram o País nos últimos 35 anos.
Quem vota?
Atualmente, 50 clubes ou Ligas têm direito a voto para a presidente da AFA, sendo eles representados por presidentes ou vice-presidentes de suas respectivas entidades. Tal número, entretanto, pode passar pra 60 votantes, uma vez que está previsto um campeonato com 30 clubes na Primeira Divisão a partir de 2015 (cada clube da elite tem direito a um voto).
Os demais 30 votos são divididos entre sete ligas regionais e as outras cinco divisões do País. Tais divisões, entretanto, contam apenas com um número de representantes, a depender do grau da divisão, como demonstra abaixo:
Para o início das eleições, é necessário a presença da metade mais um do número total de membros da assembleia. Para eleger um presidente, o estatuto da AFA exige no mínimo 26 votos (no caso de 50 votantes) para eleger no primeiro turno. Caso esse número não seja alcançado, haverá um segundo turno em que o candidato que receber mais votos vence o pleito.
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