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Sabella teme lesões e garante que Messi está preparado para o Mundial

Em um evento de um dos patrocinadores da Copa do Mundo, o técnico da Seleção Argentina, Alejandro Sabella, conversou com alguns repórteres do Diário Olé a respeito de vários temas envolvendo a Copa do Mundo. Dentre vários deles, os temores quanto a lesões à véspera do Mundial, assim como a confiança e o respaldo com o sistema defensivo, um dos pontos mais criticados da Seleção Argentina para este Mundial.

Supersticioso, Sabella admitiu que tem feito vários pedidos e promessas para que não ocorra lesões às vésperas da Copa do Mundo ou durante a competição. O treinador admitiu ter ficado receoso com os sustos de Higuaín, Dí Maria e Aguero recentemente, além da pancada de Felipe Luis em Messi, na última rodada do Campeonato Espanhol.

“Tive medo com os três (Higuaín, Dí Maria e Aguero). Mas pensei que o caso mais grave fosse o do Higuaín. Com o Dí Maria eu me assustei, pois jogou 90 minutos depois da lesão, com direito a uma arrancada na Liga. Quando começou a correr, quase morro. Quanto ao Messi, foi uma jogado que eu quis ver o replay da TV. E eles não mostraram. Claro que você fica desesperado para que esteja tudo bem”, destacou.

A respeito de Lionel Messi, em particular, Sabella ressaltou que não se mostra preocupado com o nível atual do jogador, no qual ressaltou ser mais uma “questão psicológica” do que futebolística. Tanto que não se mostrou preocupado ou “apagado” em uma reunião com o jogador na Europa. Além disso, admitiu que espera um ferrolho sobre o jogador durante todos os jogos da Copa.

“Ele já teve situações em que recebe a bola e tem oito marcando-o. Todos vão querer pará-lo. Por isso é importante ter um grupo que jogue em conjunto e que lhe de solidez. Há uma equipe que precisa ajudá-lo. Não podemos jogar toda a responsabilidade sobre ele”, destacou o treinador da Seleção Argentina.

Sabella tratou ainda de respaldar o seu sistema defensivo titular. Lembrou que Romero fez algumas partidas no final da Liga Francesa, no qual ele considerou como um “cargo de confiança”, lembrando ainda que nas últimas partidas, ele não tomou um gol sequer pela Seleção. Além disso, destacou os pontos chaves de cada um de seus jogadores de defesa. “Zabelata teve um ano excelente, mas o City joga num sistema diferente do nosso. Federico Fernandez também teve um bom ano jogando no 4-2-3-1. O mesmo vale para o Garay, que fez vários gols num esquema 4-3-3. E Marcos Rojo fez seis jogos e vários gols. Foi um ano bom, mas passar isso diretamente para a Seleção é muito difícil”, agregou.

Segundo Mundial
Alejandro Sabella irá para o seu segundo mundial na história. Em 1998, foi auxiliar técnico de Daniel Passarella. Uma das aprendizagens do treinador naquela Copa é principalmente no fato de conter o ânimo dos jogadores em caso de uma vitória em um clássico, como aconteceu contra a Inglaterra, naquele ano, por exemplo.

“Aprendi ali que temos que preservar e reservas as energias. Antes das quartas de final, Holanda jogou antes da gente e nos fez um gols aos 90 e se classificou. Nós jogamos um dia depois, fomos para a prorrogação e depois para os pênaltis. Como consequência, tem todo o desgaste físico e emotivo muito forte porque era um clássico contra Inglaterra. Teve uma grande festa depois. E poderíamos ter passado pela Holanda, mas perdemos. Temos que festejar as vitórias, mas ao mesmo tempo dizer basta para pensar no dia seguinte”.

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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