Sabella: “Se não chegarmos às semifinais, será frustrante”
Brasília – A Seleção Argentina chegou à Brasília com um sentimento de tensão. Após uma classificação sofrida sobre os suíços, a delegação passou por um baque, com a morte da filha de Titi Fernandez. Justo às vésperas de uma quarta de final, fase que a Argentina não consegue superar desde 1990. A missão de passar dessa fase será neste sábado, às 13h, contra a Bélgica, no estádio Mané Garrincha.
Apesar de sempre ressaltar que um trabalho de três anos não pode ser jogador no lixo por conta de uma eliminação numa Copa do Mundo, o Alejanro Sabella admitiu que uma eliminação pode ser classificada como um fracasso nesse momento. “Se não conseguirmos chegar onde sempre planejamos (semifinais), será uma frustração. O resultado não é decisivo para avaliar um trabalho de três anos, mas queremos chegar ao máximo”, destacou.
Em meio à opinião, o treinador argentino foi autocrítico quanto ao favoritismo que os torcedores e a imprensa colocam a sua equipe. “Sempre os argentinos pensam que somos mais do que somos. Há parte boa e parte ruim nisso. É um tema cultural. Quando eu era criança eu ouvia que era o melhor, mas nunca havia sido campeões”, desabafou o treinador.
Até por conta dessa pressão, o treinador da Argentina admitiu que nos últimos dias, os jogadores voltaram a conversar com uma psicóloga, algo que já havia feito antes do Mundial. “Já havia feito uma prévia análise com psicóloga antes da Copa. Mas decidimos chamar novamente. Tenho um momento que é mais relaxado e outras de concentração a pleno”, agregou.
Se a Argentina conseguir a classificação para as semifinais, terá como adversário o vencedor de Holanda e Costa Rica. A partida será no dia 9 de julho, na Arena Corinthians. A outra semifinal – entre Alemanha e o vencedor de Colômbia e Brasil, acontece um dia antes, dia 8, em Belo Horizonte, no Mineirão.