Saudosista e supersticioso, Sabella narra seu retorno ao Mineirão após 5 anos

Belo Horizonte – Alejandro Sabella nunca negou ser supersticioso. Pelo contrário. Como todo bom torcedor do Estudiantes, o treinador da Seleção Argentina mantém a sua ‘cabala’ a mostra de todos. Não à toa, se hospedou em Belo Horizonte, onde conquistou seu primeiro título como treinador. Sem contar que treina na Cidade do Galo, time que adotou o Pincha na final da Copa Libertadores de 2009. Para complementar, foi brindado com um jogo no estádio Mineirão, mesmo que totalmente diferente de cinco anos atrás.

Para um supersticioso, manter suas tradições é uma obrigação. Mesmo que em muitas das vezes isso não resulte em nada. E manter as boas lembranças é ainda mais especial. Sabella não é diferente. Quando questionado sobre o estádio que a Argentina fará sua segunda partida na Copa do Mundo, o treinador abriu um sorriso. Um dos poucos sorrisos durante toda a coletiva, onde foi sabatinado sobre as opiniões de Lionel Messi. Lembranças que foram recordadas e narradas pelo treinador durante a coletiva de imprensa.

“Tenho boas recordações do Mineirão. Quando me dirigia para cá, me lembrei de muitas coisas daquele dia. O momento mais marcante foi quando o ônibus chegou e os nossos jogadores começaram a cantar e os torcedores do Cruzeiro viam e diziam: ‘estão loucos’. A convicção dos jogadores era enorme. Entramos no estádio, pisamos no gramado e vi no placar ‘local um, visitante dois’, que foi o resultado final. Entrei a pouco no estádio, olhei para todos os lados e não encontrei esse placar. Pelo menos vamos ficar no mesmo banco, que é no lado esquerdo”, narrou o treinador seguido de uma pergunta sem o microfone: “Você pediu (para ficar no banco esquerdo)?”. “Não pedi nada”, disse com um sorriso de lado.

Além de algumas manias, o treinador da Seleção Argentina e evita sempre que pode falar em favoritismo. Contra o Irã não foi diferente, mesmo sendo um rival mais fraco do que o normal. “São 90 minutos de futebol. É um esporte imprevisível. Quaisquer das duas equipes podem vencer. Pensar que não podemos perder seria um dos nossos maiores pecados”, disse o treinador, que ainda complementou. “Temos que manter a concentração, a humildade. Não há rivais fracos. É uma partida de Copa do Mundo é não podemos subestimar a ninguém. Temos que jogar 100% e respeitando o rival”, finalizou Sabella.

A Argentina entra em campo neste sábado, às 13h, no estádio Minerão jogando por uma vitória para se classificar à próxima fase. Caso vença e Nigéria e Bósnia empatem, a Argentina garante a primeira colocação do Grupo F, onde enfrentará o segundo colocado do Grupo E.

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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