Sabella deixa o Estudiantes
Para surpresa geral, o treinador Alejandro Sabella pediu demissão do cargo de treinador do Estudiantes, dando por encerrada sua passagem pelo clube, e se despediu hoje pela manhã do elenco. No entanto, poucas horas depois deu uma rápida entrevista coletiva em que admitiu que ainda há a possibilidade de voltar atrás em sua decisão.
Hoje pela manhã, Sabella comunicou à direção Pincha que não ficaria mais no clube. Em seguida reuniu os atletas e os informou de sua decisão. Segundo informações de testemunhas, os jogadores Braña e Verón, os líderes do grupo, tentaram convencer o treinador a permanecer, mas sem sucesso. “Você não pode nos deixar neste momento, independente das diferenças”, teria dito Verón.
A repercussão da decisão de Sabella foi enorme, e os torcedores do clube se mobilizaram para pedir sua permanência. Após todos esses pedidos, o treinador adotou uma postura contraditória. Assumiu ter pedido demissão, mas declarou que tendo em vista os pedidos, adiava a decisão definitiva para amanhã cedo.
Por enquanto pouco se sabe sobre o que de fato aconteceu, e ainda não há informações concretas sobre os motivos da saída do treinador. O que se sabe é que Sabella estava descontente com a falta de contratações. Além de Barrientos e Benitez, ele havia solicitado um atacante e um zagueiro, mas a direção do clube deu a temporada de contratações por encerrada. O treinador ficou descontente, já que teria de enfrentar o Clausura e a Libertadores tendo em mãos um elenco reduzido.
Especula-se também que haveria um convite de Daniel Passarella para que Sabella assumisse o comando técnico do River Plate. Alejandro Sabella, de 56 anos, começou sua carreira no River Plate, onde atuou entre 1974 e 1978 ao lado de Passarella, com quem tem ótimas relações: foi auxiliar técnico do atual presidente do River em suas passagens por Parma, Monterrey e Corinthians, além das seleções argentina e uruguaia e do próprio River Plate.
Mas sua história com o Estudiantes é ainda mais forte. Atuou no clube de La Plata entre 1982 e 1985, quando conquistou o título do Metropolitano de 1982 e o Nacional de 1983. Estreou como treinador ao assumir a direção técnica da equipe Pincha em 2009. Nessa função, venceu a Libertadores de 2009 e o Apertura 2010, além de ser vice campeão do Clausura 2010
