Confronto era em San Juan e valia por vaga nas oitavas de final da Copa Argentina. Desafio para o River era tirar a cabeça da Libertadores e concentrá-la na Copa Argentina. Na deu. E isto por alguns motivos. Pela incapacidade de sua defesa de se adequar as investidas rápidas do ataque canalla; pela disposição do rival em superá-lo na disputa e no próprio fato de que este rival não era uma equipe qualquer, mas o brioso Rosário Central. Por certo que no primeiro tempo, o River teve lá suas chances. Mas foi justamente nos primeiros 45 minutos que se desenhou o triunfo canalla. Este triunfo não se diminui nem mesmo no bom jogo do Millo no segundo tempo, assim como na péssima arbitragem de Beligoy, um dos personagens da noite, em San Juan.
Tudo indicava que o River testaria no Central a sua brava disposição de ganhar tudo o que disputa atualmente. Contudo, o rival da noite era o conjunto canalla, equipe que não possui a dimensão do Millo, mas que juntamente com o seu rival Newell´s, não deixam nada a desejar para os outros grandes clubes do país. E desde o início, o Canalla tentou assumir o controle do jogo. Inicialmente, isto se fazia pela tentativa de manter o controle da bola. Porém, pouco a pouco, a velocidade e os espaços deixador pelo Millo indicavam que o melhor era apostar nos contra-ataques.
Mesmo assim, o River teve ao menos duas situações claras de gol. Numa delas, quando o marcador estava no zero, Marco Rubén apareceu cara a cara com Caranta, que foi brilhante no lance e salvou o conjunto rosarino. Contudo, a sorte começou a pender para o lado do Central. Aos 24, o estreante Nico Bertolo saiu contundido e deu lugar a Lucas Boyé. Problema para o River eram as presenças de Montoya, pela esquerda, e Rubén, que circulava por vários setores do ataque canalla, infernizando e confundindo a mal armada e confusa linha de defesa do Millo. Aos 27 minutos, Rubén entrou na área e sofreu falta de Maidana. Pelota na marca da cal, Rubén na cobrança e pelota no arco de Barovero: 1×0 Central.
Um pouco antes do final da primeira etapa, Maidana recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso da partida.
No segundo tempo, o River tentou apertar suas chegada pelos flancos, tendo Gonzalo Martínez pela esquerda e Sánchez, pela direita. A situação pareceu a mais interessante possível e a equipe do Muñeco deu mostras de que poderia empatar e até virar o marcador. Isto ficou ainda mais claro quando, aos 16′, Beligoy expulsou Balanta, exagerando no lance e cometendo uma injustiça com o marcador cafetero. O mesmo Beligoy não expulsaria Ponzio, após uma falta criminosa, minutos depois. E para rebaixar ainda mais sua nota, o confuso árbitro mandaria Damián Musto, do Central, para fora do jogo, e de maneira vergonhosa.
O cenário, portanto, era todo favorável para o Central. Só que quem resolveu jogar foi o River. Prova disso foi que Caranta se fez a grande figura do jogo, salvando o Canalla em várias oportunidades. Certa paralisia parecia atingir a equipe dirigida por Coudet. Em alguns momentos, a impressão era a de que era o Central quem atuava com nove homens e não o River. Foi então que o árbitro Beligoy mandou Musto injustamente para o chuveiro. A diferença ficou menor, mas não impediu o Millo de seguir com suas tentativas de empate.
O cenário era mais ou menos assim: As duas linhas do Canalla recuavam e formavam uma espécie de barreira à frente da área de Caranta. Quando esta barreira era ultrapassada, aparecia o guardametas para salvar. Contudo, em razão do grande recuo, a compactação não se fazia somente com os homens do Central. Também os jogadores do River se misturavam nessa compactação, deixando um enorme campo livre para o contra-ataque canalla. Além disso, se este contragolpe saísse, ele seria facilitado justamente pelas deficiências ocasionadas na defensiva millonaria pelas expulsões de seus dois zagueiros.
Sendo assim, ou o River fazia um gol e igualava o marcador, ou levava o segundo gol e sacramentava a sua derrota. E esta segunda situação foi a que prevaleceu. Num lance muito rápido, o jovem Aguirre carregou a pelota pelo lado esquerdo e quando ainda restava um longo caminho a percorrer, se deu conta de que Barovero estava adiantado e que seria interessante arriscar. Aguirre arrematou com maestria, encobriu o porteiro millonario e fez um golaço: 2×0. Gol que definiu o marcador e sacramentou a grande vitória do conjunto dirigido por Eduardo Coudet.
Com o resultado, o Rosário Central segue na Copa Argentina, vai às oitavas de final e espera por Ferro Carril ou Club Atlético Los Andes. Para o River, segue de bom tamanho a sua permanência na Libertadores. Para o brioso Canalla, fica muito bem e de bom tamanha a sua sequência na Copa Argentina. E a partir de agora, se postula como um dos favoritos para levar o caneco do torneio.
"Porque isto é algo mais do que uma simples partida, bastante maior do que uma…
As apostas no futebol estão em franco crescimento no Brasil, impulsionadas pelo aumento das casas…
A seleção de 1978 teve como principal celeiro o River Plate: foram cinco convocados e…
Originalmente publicada pelo aniversário de 60 anos, em 15-07-2014 Segundo diversos sites estrangeiros sobre origens…
Originalmente publicado em 12 de julho de 2021, focado na inédita artilharia de Messi em…
A Copa do Mundo de Futebol é um dos eventos esportivos mais aguardados e assistidos…
This website uses cookies.