Rosário Central é campeão da B Nacional; Deportivo Merlo volta à B Metropolitana
Tratou-se mais de uma crônica anunciada daquilo que todos supunham há muito tempo: que a grande equipe de Santa Fe voltaria à elite argentina; lugar que, como todos sabem, é o lugar legítimo de “La Academía Rosarina”. Contudo, o ascenso, que se havia produzido várias rodadas antes, teria de se materializar diante de seus torcedores, como deveria mesmo de ser, já que a torcida canalla talvez tenha sido a grande protagonista no passeio canalla pela B Nacional.
Da partida em si pouco se pode comentar, já que foi bastante modorrenta, excetuando algumas jogadas, como a de Pajón, que exigiu a participação de García, além de outros erros defensivos que em nada fez o Merlo incomodar ao conjunto local.
No primeiro tempo, vimos um Central muito ativo, propondo as principais ações do cotejo, enquanto o Charro se refugiava no campo de defesa e buscava sair nos contragolpes. Desta forma, o primeiro tempo de um cotejo, que teve a arbitragem de Ceballos, ficou na igualdade do zero.
Porém, a alegria estava mesmo reservada para a segunda etapa. Logo aos 13 minutos, Javier Toledo se fez oportunista mais uma vez: de cabeça, colocou a pelota no arco de Giordano. Foi o único gol da partida, mas o suficiente para oficializar a alegria de uma hinchada que via seu amado clube de volta à elite.
Inútil dizer que Toledo parece ter algo de especial, talvez alguma bronca, diante do Merlo. Tanto é assim que em 2010, e no primeiro encontro desta temporada, também havia guardado a pelota nas redes no conjunto do Oeste bonaerense.
Foi então que Ceballo trinou seu apito pela última vez que o Central atuava pela B. De repente, o alívio se transformou em festa repentina, com a merecida volta olímpica do elenco rosarino. No meio da festa, imprescindível é testemunhar a profunda emoção de Miguél Ángel Russo, que declarou:
“Terminamos nossa caminhada no lugar onde teríamos de estar. Logramos todos os objetivos e agora seguiremos nosso caminho”. E continuou: “Estou contente pelo grupo, pela torcida e também porque há gerações de torcedores, como meu filho, que não viram o Central conquistar um título”, finalizou o maior responsável pelo acesso do glorioso Rosário Central.
É o fim do sofrimento, que se estendeu por vários anos e que termina ao mesmo tempo em que no Bosque, os hinchas do Gimnasia também comemoram, e em Bahía Blanca, outro treinador identificado com as cores de um clube leva o Olimpo de volta ao principal palco do futebol argentino.
Essa alegria contrastava com infelicidade do Merlo. A equipe do Oeste perdeu a Categoria e volta à B Metropolitana, após quatro anos. Vale lembrar que quando o fundo do poço apareceu, o grupo gestor simplesmente retirou seu apoio e se afastou do clube, dando mais um recado de quais são as intenções dos empresários quando eles se apoderam de um clube de futebol.
Se o Merlo vai embora, juntamente com o glorioso Nueva Chicago, outros no entanto, têm motivos para comemorar. O “honesto” Crucero del Norte precisou se adaptar à Categoria e se manter nela, ao mesmo tempo. O seu sofrimento foi gigante e ganha relevância na pouca atenção que recebeu, justamente pelo Colectivero ser uma equipe de pequeno porte.
Outro que permanece é o Independiente Rivadávia. Só que no caso da Lepra a alegria é acompanhada de tensão e muita preocupação. A equipe tem sofrido há anos para se manter na B Nacional e, mais uma vez, escapou por muito pouco. Tanto é assim, que após o empate em casa por 1×1 com o Instituto, o clube precisou da derrota do Merlo para se salvar. Após o jogo, os hinchas leprosos provocaram vários incidentes, como prova de que já não suportam a péssima gestão que se apodera do principal clube de Mendoza.
Contudo, do ponto de vista da comunidade canalla, o que vale é a alegria com o retorno de seu clube ao lugar merecido. Esta alegria pode ser notada no gol de Toledo, no vídeo abaixo:
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