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Rivero: “falavam que fazíamos boicote a Falcioni: sobrou só para mim”

O Burrito missionero se sente injustiçado e perseguido no Boca

Diego Rivero, que voltou à titularidade no Boca, no clássico contra o Independiente, disse não a um conjunto de insinuações de que ele fazia parte do suposto grupo de “Amigos de Riquelme”. O Burrito disse que não tem e que nunca teve nada contra o Julio César Falcioni. Além disso, lamentou por ter sido um possível bode-expiatório à insatisfação do técnico xeneize.

“Quando as coisas não dão certo, sempre sobra para alguns. Um dia eu faltei em um treino e isso foi o suficiente para que eu ficasse de fora da final da Copa Argentina”, disse o jogador missioneiro, no início de sua entrevista a uma TV local.

“Os culpados sempre são os mesmos quando as coisas não vão bem”, disse o meia xeneize. “Falavam que queríamos boicotar o trabalho do treinador, o que não era verdade”. E continuou: “essas coisas sempre chateiam, mas precisamos deixa-las de lado, pois, do contrário, elas poder causar um mal ainda maior”.

O jogador disse que espera que o futebol argentino se liberte do senso comum que marca dirigentes, jogadores e até o público torcedor. “Tomara que o futebol argentino melhore do excesso de exitismo; gosto de como joga o Boca, mas só em alguns momentos. Sempre pressionamos e mantemos a intensidade na maior parte do tempo, embora nem sempre conseguimos praticar uma boa posse de bola. Nosso time é muito bom. Temos um grande elenco, com bons valores individuais interessantes. Se pudermos manter um bom nível de colaboração dentro de campo, poderemos nos sair bem na temporada”, analisou o Burrito missioneiro.

Contudo, em nenhum momento, Rivero se furtou de falar de Riquelme. Para o jogador, o elenco ainda sente muito a falta do enganche: “nunca se faz possível nos adaptarmos a jogar em Román, ele nos dava muito. Agora, buscamos uma maneira de poder atuar sem tê-lo na meia cancha”, finalizou o Burrito Rivero, depois de assegurar que estará em campo domingo diante do Lanús, no Sul da Grande Buenos Aires.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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