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River vence na volta ao Monumental e encosta no Instituto

Chori teve boa atuação nesta tarde

Desde Buenos Aires – Na volta do River Plate a sua casa, o time conseguiu uma importante vitória que faz a equipe de Nuñez dormir na liderança junto com o Instituto de Córdoba, ambos com 52 pontos.

Antes da bola rolar, pelos corredores do Monumental ganhou força a hipótese da volta de um dos ídolos ao clube. Saviola teria iniciado as primeiras conversas para retornar a Nuñez, mas o atacante ainda tem um ano de contrato a cumprir com o Benfica-POR, por isso a dificuldade na negociação.

O placar de 3 a 0 pode transmitir a ideia de que foi um êxito tranquilo e com sobras. Nada disso. O Ferro complicou o trabalho do Millonario, que só conseguiu marcar o primeiro gol aos 35 do segundo tempo. Depois, com a porteira aberta, o River em oito minutos fez três gols.

E quem quase marcou primeiro num escanteio foram os visitantes. A defesa do River não subiu e a cabeçada passou muito perto da trave de Vega, que só observou como a bola passava próxima ao seu gol.

No momento de maior pressão da equipe Millonaria, Ramiro Funes Mori, o zagueiro, perdeu um gol daqueles que o seu irmão gêmeo, o atacante e reserva, está acostumado a perder. Depois de um rebote do goleiro, a bola sobrou nos pés do defensor que ao invés de bater de primeira, tentou dominá-la e assim permitiu a aproximação da zaga rival. Quando chutou a gol, o arqueiro também já havia se recuperado e conseguiu dar um toque salvador, posteriormente a bola foi afastada com um chutão.

O River jogava bem, apesar da pouca participação de Cavenaghi, o time conseguia movimentar-se por zonas importantes do campo sem ser incomodado. Ponzio era um dos que mais arriscava de fora da área.

Quando o capitão e camisa 9 finalmente apareceu, finalizou fraco um bom lançamento de Carlos Sanchéz do meio de campo. Almeyda fazia um jogo de paciência, pressionava e era dono da bola, mas esperava o melhor momento para dar o golpe fatal.

As equipes foram para o intervalo sem terem feito muito para tirar o zero do placar. Na volta, um segundo tempo mais do mesmo. Os donos da casa só foram ameaçar aos 15 minutos quando Ocampos arriscou um chute que passou alto, por cima do gol.

Almeyda mexe e coloca Villalva no lugar de Abecasis. Chori Domínguez fazia uma boa partida, buscava o jogo e se movimentava bem. Numa de suas arrancadas tabelou com Cavenaghi e este chutou com perigo. Depois o camisa 10 aplicou uma linda “caneta” no meio de campo, mas o River necessitava de gols.

Faltando 20 minutos para o final da partida, parecia que sempre faltava algo para que os Millonarios abrissem o placar. Conseguiam chegar trocando passes até próximo a área do Ferro, mas neste ponto as coisas se complicavam. Tentando mexer no sistema, Aguirre e Funes Mori entram nos lugares de Chori e Cavenaghi respectivamente.

Finalmente o gol saiu. E foi de Funes Mori, não o atacante, mas do irmão Ramiro, o defensor. Numa confusão dentro da área do Ferro, a zaga não conseguiu afastar e a bola sobrou para o zagueiro que de chapa e forte, colocou no canto esquerdo, 1 a 0. Comemorou e vibrou muito. Gol importante que mudava o clima dos jogadores em campo.

No minuto seguinte, Funes Mori, agora o atacante, sofre falta clara dentro da área. Pênalti indiscutível que David Trezeguet cobrou com competência e fez o 2 a 0.

A tranquilidade conseguida depois dos dois gols em sequência, permitiu que Trezeguet pintasse uma obra de arte no Monumental. Pegou de primeira e de forma maravilhosa uma sobra no bico da área. Cravou no ângulo seu sétimo gol em oito jogos.

Vitória que não deixa o Instituto se afastar na ponta da B Nacional e dá moral depois de um adversário muito complicado.

Leonardo Ferro

Jornalista e fotógrafo paulistano vivendo em Buenos Aires desde 2010. Correspondente para o Futebol Portenho e editor do El Aliento na Argentina.

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