De Buenos Aires – Marquem este dia: 23 de junho de 2012. O maior campeão da história do futebol argentino colocou fim ao maior pesadelo de seus 111 anos de vida. A vitrória por 2 a 0 sobre o Almirante Brown (com dois gols de Trezeguet que ainda desperdiçou uma cobrança de pênalti) selou o final de uma temporada onde os torcedores do Millonario sofreram bastante para, finalmente, poderem comemorar o retorno ao seu merecido lugar: a primeira divisão.
AMBIENTE DO JOGO
Desde bem cedo neste sábado, a movimentação de torcedores nos arredores do Monumental impressionava. Já às 09h00 da manhã, grupos de torcedores se concentravam nos portões do estádio numa tentativa de conseguir algum ingresso para a partida que só começaria às 15hoo. O lindo sábado de sol desta tarde na capital argentina foi testemunha de como com o passar das horas, o público aumentava de forma impressionante.
Chegavam animados, agitando bandeiras e cantando os mais variados “hits” Millonarios, na maioria em referências ao eterno rival Boca Jrs. Os portões permaneceram fechados até duas horas antes do início do jogo, o que levou a um certo período de tensão entre torcedores, que reclamavam para entrar, e policiais que formavam uma extensa linha representando uma barreira a torcida.
Quando finalmente a polícia liberou a passagem, foi uma explosão de camisetas brancas e vermelhas correndo em direção aos acessos às arquibancadas. Jornalistas, vendedores ambulantes e até mesmo alguns policiais que se encontravam no meio do caminho, tiveram que correr para algum dos lados da rua, abrindo passagem.
Já dentro do estádio a imagem do setor conhecido como “Sívori Alta” sem nenhum torcedor, causava um grande impacto visual. Em uma das partidas mais importantes para o River nos últimos anos, o time esteve desfalcado de no mínimo oito mil vozes. Isso também fez com que a torcida do Almirante, pouco mais de 2.500 simpatizantes, se fizessem escutar antes e em alguns momentos, durante a partida.
Mas no final a alegria Millonaria e a euforia por retornar à primeira divisão, era força e motivo suficiente para cantar alto e com força para até a próxima temporada.
O JOGO
O recebimento da torcida foi aquilo que se esperava, festa, papéis picados e uma clara demonstração de que time e torcedores estavam fechados num só objetivo: a vitória e o ascenso. Com a bola rolando a equipe de Almeyda era levemente superior, mas lhe custava em alguns detalhes chegar ao gol tão esperado. Por isso mesmo o clima que pairava nas arquibancadas era de um tenso suspense, uma espécia de ampreensão.
O Almirante Borwn não se resignava a defender e buscava o gol. Explorava algumas falhas do sistema defensivo do River e chegou a ameaçar com certo perigo algumas vezes. Enquanto isso Cavenaghi e, principalmente, Chori Domínguez eram as duas grandes armas ofensivas. Mas a melhor oportunidade caiu nos pés de Trezeguet que cara a cara com o goleiro, finalizou mal e no corpo do camisa um.
A grande emoção dos primeiros quarenta e cinco minutos não veio de dentro do campo de jogo, mas sim de um torcedor que acompanhava as outras partidas que interessavam ao Millo por rádio. Quando a partida tomava um respiro em função de um atendimento médico a um jogador do Almirante, o senhor com os fones de ouvido gritou um vibrante e alto “GOL”. Era o Desamparados que saí na frente do Central.
Com o final da primeira etapa, o 0 a 0 deixava uma certa desconfiança no ar, por mais que nenhum torcedor quisesse admitir.
Era necessário um gol rápido, daqueles antes dos quinze primeiros minutos da etapa final para tranquilizar um pouco as coisas. E foi exatamente o que aconteceu logo aos cinco minutos. David Trezeguet aproveitou uma bola escorada e de primeira mandou uma bomba, indefensável. Um verdadeiro golaço que começava a deixar mais claro o caminho para o retorno.
A partir daí o Millo mandou no jogo e com autoridade de uma equipe de primeira. Tocava bem a bola e buscava os lados do campo com um Chori muito ativo. É bem verdade que sofreu alguns sustos, mas nada comparado aos infartantes de outros jogos. A entrada de Funes Mori no ataque mudou a cara do time que passou a ganhar a maioria das jogadas com os defensores do Almirante.
Almeyda sacou Chori por Aguirre e o camisa 10 saiu aplaudidíssimo por todo o estádio. O jogador pode ter feito neste sábado sua última partida pelo clube de seus amores. Já revelou o desejo de continuar, mas a situação é bem complicada. O substituto dentro de campo, em uma de suas primeiras participações, conduziu a bola dentro da área e esperou o toque do defensor para cair, pênalti que Trezeguet cobrou e desperdiçou.
Era algo planejado para aumentar um pouco a tensão? Não parecia. Nas outras partidas que interessavam ao River, as coisas saiam da melhor forma possível, Central e Instituto perdiam e um simples empate era o suficiente para alcançar o objetivo. Mas o time foi por mais e numa bela escapada de Funes Mori pela direita, o cruzamento para a marca do pênalti encontrou outra vez a Trezeguet, que agora com muita classe, mandou de chapa para o fundo das redes. Era o gol que decretou o final de 362 dias de sofrimento, o River é de primeira.
Em instantes as fotos exclusivas do ambiente da partida
httpv://www.youtube.com/watch?v=P4qZtl2_1Z8
"Porque isto é algo mais do que uma simples partida, bastante maior do que uma…
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Bem vindo de volta entre os grandes.
Bem vindo de volta. O lugar dos grandes é na primeira divisão.
Se bem que, na real mesmo, TIME GRANDE NÃO CAI.
Parabéns ao River!
Mas contou com uma bela ajuda da arbitragem.
cadê o treinadorzinho de araque que disse que ia fazer e acontecer? River de volta ao lugar da qual não deveria sair! Viva la banda roja!!!