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River triunfa no Superclássico com gol de um ex-Boca

Para as maiores equipes da Argentina, o “campeonato a parte” que se configura no Superclássico era o único ainda em disputa. Desta forma, este é o único título que consola o River Plate num ano de luta contra o descenso. Apesar do comando interino de J.J. Lopez, os Millonários se reencontraram com a vitória após sete jogos de jejum. E numa hora perfeita, pois bateram com méritos o rival Boca Juniors por 1 x 0, graças ao ex-Boca Jonathan Maidana.

O River impôs um ritmo forte desde os primeiros minutos da partida. De maneira tranqüila, o time dominava o duelo e sempre jogava nas costas dede Jesus Méndez – que ainda não conseguiu demonstrar o porquê chegou ao Boca. A primeira chance foi com Pavone, logo aos 2 minutos de jogo. Pavone recebeu um belo passe de Ortega e bateu forte, no canto de Garcia. A bola foi para a linha de fundo.

Logo em seguida, Juan Román Riquelme sentiu uma lesão e acenou para Borghi pedindo a substituição. Contudo, o meia do Boca continuou no duelo até o fim do primeiro tempo, deixando o time fraco no contra-ataque e sem mobilidade. Com isso, o River continuou mandando na partida, mas parava na boa atuação de Javier Garcia.

A primeira foi numa cobrança de falta de Acevedo que o arqueiro mandou para escanteio. Logo na sequência foi a vez de Ortega, após uma tabela com Pavone, mandar a queima roupa e o arqueiro xeneize defender.

Por outro lado, o Boca não conseguia fazer absolutamente nada. Com Riquelme lesionado, as jogadas de eram inexistentes. Mouche também não ajudava no ataque e Palermo sequer tocou na bola devido a fragilidade ofensiva. Por diversas vezes, o Diez olhava para o banco sentindo a dor física no tendão de aquiles e a emocional, pois abandonou o clássico assim que Baldassi apitou o fim do primeiro tempo.

Na volta dos vestiários, El Pochi Chavez já substituia Román como enganche do time de Borghi. Salvo por alguns chutes de longa distância, não conseguiu substitui-lo a altura, e o nível da criação de jogadas Xeneize caiu ainda mais. Enquanto isso, os donos da casa seguiam na pressão de um gol iminente, que só precisava de um último toque decisivo para surgir. Eis que a ironia entregou este toque a um ex-Boca.

Jonathan Maidana já conquistou até uma Copa Libertadores pelo clube auriazul. Neste Superclássico, porém, não sentiu remorso pela história construída no rival. Aos 9 minutos, subiu mais alto que Insaurralde e venceu Javier García, depois de quase uma hora de esforço dos anfitriões: 1 x 0, placar final. O heroi da vitória comemorou com moderação, mas nas entrevistas após o jogo, dedicou o gol a hinchada quedefende agora.

Mas antes que se decretasse o triunfo Millonário, o Monumental de Nuñez ainda teve de suportar 35 minutos de inércia dos visitantes. Conquistaram mais espaço para atacar, pois Lopez posicionou seus comandados de forma mais retraída desde a entrada do defensor Arano. Com Monzón e Clemente Rodríguez, um lateral com mentalidade de ala, insistiam em cruzamentos que não encontravam Viatri nem Palermo. Tería sido este o desfecho amargo do trabalho de Borghi a frente do Boca?

RIVER PLATE: Carrizo; Ferrari, Maidana, Ferrero e Román; Acevedo, Almeyda, Lamela e Pereyra (Arano); Ortega (Buonanotte); Pavone (Funes Mori). DT: Juan José Lopez

BOCA JUNIORS: García; Cellay, Caruzzo, Insaurralde e C.Rodríguez; Méndez (Monzón), Battaglia e Gimenez; Riquelme (Chavez); Mouche (Viatri) e Palermo. DT: Claudio Borghi

Próximos confrontos: San Lorenzo x River Plate; Boca Juniors x Arsenal

Colaborou Thiago Henrique de Morais

Rodrigo Vasconcelos

Rodrigo Vasconcelos entrou para o site Futebol Portenho no início de julho 2009. Nascido em Buenos Aires e torcedor do Boca Juniors, acompanha o futebol argentino desde o fim da década passada, e escreve regularmente sobre o Apertura, o Clausura e a seleção albiceleste

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