No Estádio Único de La Plata, o River Plate se deparou com o Chacarita e venceu por 2×0, placar construído ainda no primeiro tempo. Tratou-se de um duelo entre um bom time, com problemas, com um outro, péssimo em todos os sentidos possíveis. Triste ver que esse time atual veste a camisa do tradicionalíssimo conjunto de Villa Maipú. Em campo, um time que não se esforçou muito para ganhar, enquanto o outro se esforçava pouco para não ser massacrado. Sem ter nada a ver com os problemas do Chaca, o River fez a lição de casa e ganhou por 2×0. Lição que poderia ser ainda melhor se convertesse mais gols no fraco rival. Com o resultado, o River divide a liderança da B Nacional com o Instituto e Rosário Central. Pelos critérios de desempate, está, contudo, na liderança da competição.
O duelo começou lento e conservador. O Chacarita dava demonstrações de que bloquearia com facilidade o jogo ofensivo do River. Sua proposta foi afetada aos 11 minutos, com a saída de Montenegro por contusão. A saída de um dos melhores jogadores do Chaca indicava que o conjunto local perderia as ações no meio-de-campo e obrigaria o time a recuar ainda mais. Não foi bem o que aconteceu. Claro que a criatividade do Funebrero era uma piada, mas sua combatividade ao menos impedia o River de abrir o marcador.
A saída do River era pelo flanco esquerdo e com Cirigliano. A zaga do Chaca ou não percebia ou não conseguia bloquear a jogada. Por ali a equipe de Almeyda chegou algumas vezes próximo ao arco de Tauber. Porém, a definição das jogadas era um ponto fraco no River Plate, até por que Cavenaghi não atuava bem. Nesse caso, o conjunto de Núñez precisava contar com um vacilo ou presente do seu tradicional rival de Buenos Aires para chegar ao gol. E não deu outra. Esse presente veio aos 32 minutos com uma jogada bisonha da zaga funebrera. Toledo foi o nome do gol contra para o River: 1×0.
A partir daí, adeus Chacarita. A equipe comandada por De la Riva deu mostras de por que está na última posição e por que merece desfilar seu ridículo futebol na B Metro, onde encontrará times ainda melhores que o seu. Deu campo ao River. Marcava mal, com antecipação mal feita, e distribuição em campo que não permitia o devido preenchimento dos espaços. Além disso, seus jogadores não faziam a mínima leitura de onde saíam as poucas jogadas ofensivas do rival. Em casos como esse, o adversário pode perfeitamente não se aproveitar da situação e nivelar o jogo por baixo. Não foi o que o River fez. E nisso mantinha seus méritos em vencer a partida; e nisso teve méritos em ampliar o placar. O que aconteceu cinco minutos depois com Lucas Ocampos. Após boa jogada individual da jovem estrela do Millo, ninguém do Chacarita pareceu competente para evitar o segundo gol: 2×0 River.
Na segunda etapa, o River manteve a calma e jogou no erro do Chacarita. Ainda assim era o Millionario quem chegava mais. Aos 10 minutos, Carlos Sánchez conduziu a bola sem dificuldades e a entregou de bandeija para Domínguez arrematar a direita, canto baixo de Tauber. A pelota passou perto.
Pouco a pouco o duelo virou um treino de luxo para o River. Seu rival não oferecia a menor resistência às estocadas millionárias. Seus dois zagueiros jogavam a poucos metros de Tauber e deixavam o espaço livre para o ataque do River fazer o que desejasse um pouco a frente. Seus atacantes não retornavam para compor o meio e o jogo era uma festa em que apenas o conjunto de Núñez se divertia. Se por um lado os torcedores no estádio se cansavam do espetáculo, aqueles que torciam pelo River, por outro, lamentavam a incompetência de seu time em aplicar uma sonora e merecida goleada ao despersonalizado Chacarita.
E assim o treino de luxo do River terminou com a importante soma dos três pontos. Triunfo que leva novamente o time à liderança da competição, enquanto o seu rival segue merecidamente no último posto e caminhando despersonalizado para a B Metro, lugar correto para abrigar os velhos clubes decadentes do futebol. Na próxima rodada, o River Plate será local diante do Independiente Rivadávia. Já o Chacarita vai a San Juan para se deparar com o San Martín.
Formações
Chacarita Juniors: Nicolás Tauber; Sebastián Pena, Damián Toledo, Rodrigo Espíndola, Emanuel Morales; Gastón Rossi (Sebastián Ereros), Franco Dolci, Matías Carabajal (Ángel Pis), Mauro Montenegro (Mauro Bellone); Jorge Piris e Juan Manuel Cobelli. Técnico: Felipe de La Riva.
River Plate: Daniel Vega; Luciano Abecasis, Jonatan Maidana, Ramiro Funes Mori, Juan Manuel Díaz; Carlos Sánchez, Leonardo Ponzio (Martín Aguirre), Ezequiel Cirigliano, Lucas Ocampos (David Trezeguet); Alejandro Domínguez (Villalva) e Fernando Cavenaghi. Técnico: Matías Almeyda.
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