River arranca empate fora de casa no jogo de ida da final da Sul-Americana
Com muito sofrimento e muita luta no segundo tempo, o River Plate conquistou um belo empate na partida de ida da final da Sul-Americana. O empate por 1×1 diante do Atlético Nacional, com um golaço de Pisculichi, foi comemorado como uma vitória pelos jogadores do time argentino ao fim da partida, principalmente por tudo que sofreu na primeira etapa. E muito pela postura na segunda etapa.
Diferentemente das fases anteriores, o gol fora de casa não conta como critério de desempate. Desta maneira, qualquer empate em Buenos Aires na próxima quarta-feira, no Monumental de Núñez, levará a partida a prorrogação. Persistindo o empate, o duelo irá para os pênaltis.
No primeiro tempo do River Plate foi desastroso. Como havia proposto Juan Carlos Osorio ao decorrer da semana, o Atlético Nacional foi altamente ofensivo desde os minutos iniciais. Logo aos cinco minutos, após dois escanteios ao seu favor, Cardona cobrou falta com veneno, a bola quicou na área e o goleiro Barovero, no susto, salvou. Se entrasse, seria um tremendo frango do arqueiro Millonario logo no início do confronto.
Era só o início do baile colombiano em Medellín. Além de pressionar a todo o instante, o time se aproveitava dos erros infantis do River Plate. Se não bastassem os inúmeros passes errados, as laterais, com Vangioni e Mammana, deram muito espaço aos colombianos. Com isso, o habilidoso Cardona, destaque do primeiro tempo, deitava e rolava, sempre armando as jogadas com uma perfeição impar.
E foi justamente dos pés do jovem colombiano de 21 anos que o gol do Atlético Nacional saiu. Carmona ajeitou e lançou Berrio com perfeição. Nas costas de Vangioni, o jogador colombiano arrancou e bateu cruzado e forte, sem chances para o goleiro Barovero. 1×0 para o Atlético Nacional.
O River Plate, por sua vez, nas poucas chances que chegou ao sistema ofensivo na primeira etapa. Na única oportunidade que teve acabou desperdiçando, quando ainda estava 0x0. Vangioni acabou batendo cruzado e a bola passou rente a trave. Teo Gutierrez quase conseguiu chegar para empurrá-la para dentro. Mas em vão.
Cardona anulado
A postura do time argentino na segunda etapa foi bem distinta. Além de conseguir anular o melhor jogador em campo até então, conseguiu ser mais contundente ofensivamente. Logo no primeiro minuto, Teo Gutierrez lançou Carlos Sánchez. O uruguaio bateu de primeira e goleiro Armani salvou milagrosamente. Aos cinco foi à vez de Pisculichi acertar uma bomba em cobrança de falta e o goleiro voltou a salvar os donos da casa. Carlos Sánchez ainda teve nova chance, mas desta vez sem direção.
E de tanta insistência, acabou chegando ao gol de empate. Logo após tomar uma bola no travessão, o River deu o troco. Teo Gutierrez fez o giro na entrada da grande área, rolou para trás e Pisculichi, autor do gol da classificação para a final, acertou um belo chute de longa distância. Golaço. 1×1.
Com Ponzio e Ramiro Funes Mori colados em Cardona, o Atlético Nacional não conseguiu se impor ofensivamente como na primeira etpa. As bolas pouco encontraram o jogador colombiano, impedindo um resultado melhor dentro de casa, diante de sua fanática torcida. Melhor para o River Plate, que mesmo com os espaços de Vangioni pela ponta esquerda, conseguiu segurar o empate.
Ex-lesionados
Além de Cavenaghi, que já vinha entrado ao decorrer das últimas partidas do River Plate, o técnico Marcelo Gallardo pode contar com Matías Kranevitter. O meia havia se lesionado gravemente no fim de agosto e era carta fora do baralho para a temporada. Contudo, a sua recuperação foi muito célere e o jogador pode atuar por 20 minutos contra o Atlético Nacional. E foi o responsável por ajudar na marcação de Cardona, que ficou anulado no segundo tempo.
E foi justamente com Cavenaghi que quase saiu o gol da virada do River Plate. O jogador recebeu passe na medida pela direita. Autor de 101 gols pelo clube, o atacante tentou o cruzamento para Teo Gutiérrez, mas que ao fim pareceu uma finalização. Isso já aos 42 minutos do segundo tempo. O resultado, no então, não se alterou e o River comemorou o empate efusivamente após o jogo, com a vantagem de jogar em casa diante de seu torcedor na semana que vem.