River perde para o Atlético Tucumán no retorno ao Monumental

Desde Buenos Aires – Festa armada para o retorno do River ao Monumental de Nuñez depois de 89 dias. Torcida convidada, time trajando a camiseta comemorativa com alusão ao primeiro escudo do clube e um adversário que parecia ser apenas o mero figurante da tarde.

Mas não foi bem assim. O Atlético de Tucumán endureceu e roubou o papel de protagonista, vencendo os Millonários na sua volta para casa por 2 a 0.

Foi um primeiro tempo decisivo. Apenar do maior volume de jogo e de algumas oportunidades no início, o River não conseguiu marcar e sofreu duros contra ataques que selaram o destino da partida já nos 20 minutos iniciais.

Logo no início, Cavenaghi perdeu grande oportunidade de abrir para o time da casa. Após jogada pela direita do ataque, a bola cruzou toda a área tucumana e sobrou nos pés do capitão que chutou em cima do defensor, na sobra Dominguez emendou de primeira e mandou para fora.

Com duas linhas de quatro e pressionando as laterais do campo, os visitantes conseguiam conter o ímpeto do River. Mas para estragar a festa da volta à casa, aos 13 minutos, Luis Rodríguez numa escapada rápida pelo lado esquerdo, invade a área e chuta cruzado rasteiro longe do alcance de Chichizola. Silêncio no Monumental, Atlético 1 a 0.

Ainda com maior posse de bola e procurando recuperar-se do golpe sofrido, o River desordenadamente tentava agredir a defesa bem armada dos visitantes. E depois do primeiro gol a proposta de jogar no erro do adversário ficou ainda mais clara.

Não tardou muito para o Atlético encontrar, outra vez num contra ataque, seu segundo gol. Aos 22 minutos, César Montiglio, dessa vez pelo lado direito, ganhou na corrida e tocou no canto direito, na saída do goleiro. Agora 2 a 0 e um Monumental incrédulo.

O River continuou na atacando, mas sem criar alguma jogada que oferecesse real perigo. Ocampos, um pouco melhor e Domínguez, numa tarde não tão boa, eram referências para tentarem abastecer o ataque.

Com o final do primeiro tempo, tímidas vaias da torcida, direcionadas à equipe de Almeyda.

Na volta para a etapa complementar, o River Plate melhora. Sufoca o adversário que não consegue nem mesmo emplacar uma jogada de contra golpe. Aos 14 minutos, Domínguez cabeceia na trave uma boa oportunidade de diminuir, depois de uma falha do goleiro visitante no cruzamento que veio da direita.

Aos 20 minutos, outra boa chance no chute cruzado que veio do lado esquerdo e que Mauro Martínez salva de cabeça em cima da linha.

O Atlético tentava esfriar o jogo, mas poucas vezes conseguia manter a bola nos pés. Somente aos 27 minutos, em cobrança de falta, voltou a assustar obrigando Chichizola a realizar grande defesa e jogar para escanteio uma bola que tinha endereço certo.

Quando a partida entra nos quinze minutos finais, o início de noite ganha em dramatismo com um River que não conseguia romper a bem armada defesa tucumana. E aos 38 minutos, o Atlético quase ampliou com Espínola que próximo da pequena área, chutou para fora.

Então o River já não era mais uma equipe armada seguindo alguma conduta tática e objetiva. Era um time da B Nacional tentando de qualquer maneira buscar o empate.

Barrado, camisa 10 do Atlético, quase marcou um golaço por cobertura, poucos metros depois de ter cruzado a linha que divide o meio campo. Ao ver Chichizola adiantado, arriscou de longe por cima do goleiro que conseguiu dar alguns passos para trás e salvar o que seria uma obra prima.

Com algumas jogadas ensaiadas, principalmente em escanteios e cobranças de faltas, o River ainda tentou dar algum motivo de alegria à sua torcida, que terminou a partida cantando em apoio aos jogadores e ao técnico.

Final de jogo e derrota do River. Com um 2 a 0 contundente, os Millonários conhecem sua segunda derrota no torneio e a primeira dentro de casa. Não foi uma boa partida da equipe de Almeyda , que perdeu o jogo logo nos primeiros 20 minutos.

O River Plate segue na ponta do campeonato, mas com certeza uma derrota como essa irá gerar muita dor de cabeça durante a semana.