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River: para Chino Luna, vitória foi pelo grupo, não por Almeyda

“El Chino” Luna comemora o seu gol contra o Arsenal, o segundo do River na goleada em Sarandí

A grande vitória do River sobre o Arsenal levou alegria e leveza para toda a comunidade millonaria. É visível o bom humor que se estabeleceu entre os jogadores desde o pós-jogo contra o Arse até o fim da tarde de hoje, segunda-feira. A maioria dos jogadores dedicou o triunfo para Almeyda, exceto Chino Luna, que fez questão de deixar claro que o plantel é mais valioso que o treinador.

Bastou uma bela vitória para que no River se recuperasse o bom humor e certo alívio. Nos corredores do clube, esta tem sido a impressão que os jogadores têm passado, após o triunfo em Sarandí. O resultado tranquilizou também o técnico Matías Almeyda, que vinha com a corda no pescoço e precisava de uma vitória, talvez mais do que o próprio time.

Embora o presidente Passarella dissesse que Almeyda estava seguro em seu cargo, nos bastidores, todos são unânimes em afirmar que se não reaparecessem as vitórias rapidamente não teria como o mandatário segurar o Pelado no comando do banco de reservas do Millo.

Assim foi que a maioria dos jogadores dedicou a vitória ao treinador. Contudo, este gesto de solidariedade não foi seguido por “el Chino” Luna. Perguntado se o resultado seria importante para o técnico, Luna respondeu que “o River sempre tem de ganhar e havia muitos jogos que nosso time não conseguia a vitória. Necessitávamos dos três pontos”, disse Luna, sem uma referência direta ao técnico.

Com a insistência da pergunta, Luna afirmou que “necessitávamos ganhar; não sei se por Almeyda, mas por nós mesmos, porque somos um grupo de pessoas trabalhadoras”. E continuou: “temos uma dívida como grupo, que é ganhar os jogos no Monumental, que é o lugar onde o River tem de fazer valer a sua autoridade”, explicou “el Chino”.

Quanto à possibilidade de perder a vaga no time com o retorno de Trezeguet, Luna disse que “quanto à competição dos atacantes, todos são de altíssimo nível. Eu busco o meu lugar com minha maneira de jogar. Também com meus méritos; com meu jogo é que tento ganhar o meu lugar na equipe”.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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