Desde Buenos Aires – No Monumental a festa estava programa e o público compareceu em bom número disposto a aproveitá-la. É bem verdade que a vitória do Central sobre o Atlético Tucumán por 2 a 0 mais cedo nesta tarde, colocava certa pressão na equipe de Almeyda, mas o River era amplo favorito. Além disso o Guillermo Brown, convidado desta tarde, não era de inspirar muito temor, ocupando apenas a 15 posição e lutando contra a perigosa zona do descenso.
Mas esse time de Puerto Madryn, na Patagônia argentina, possui certo histórico que o credita como adversário nada agradável para aqueles que lutam na parte de cima da tabela. Como um convidado que joga água no chopp, o Brown já havia empatado com Instituto em Córdoba e com o Central em Rosario. Era esperar a bola rolar para ver o que iria acontecer.
Almeyda não inventou e escalou o time que vem dando bons resultados. Manteve Chori Domínguez no banco e deixou a dupla de ataque formada com Cavenaghi e Trezeguet, que teve seu nome muito aplauido quando anunciado no sistema de som do estádio. E logo que a partida começou, era visível a postura adotada pelos visitantes: esperar. Defendiam-se da maneira que podiam e apostavam tudo nos contra-ataques. E foi justamente em um deles que Bottino silenciou o Monumental. Numa rápida jogada pelo lado direito do ataque, recebeu dentro da área e com grande estilo e efeito, tirou completamente a bola do alcance de Vega, que se esticou todo, mas não conseguiu chegar. Surpresa e Guillermo Brown na frente, 1 a 0.
O gol mexeu com a torcida. Apreensiva, acompanhavam cada lance numa mistura de insultos e aquele sentimento que o gol logo poderia sair. E de fato saiu da maneira menos esperada. Cavenaghi, em uma magistral cobrança de falta, colocou a bola no ângulo superior esquerdo de Pereyra. Indefensável! Por que da surpresa? Há nove anos Cavenaghi não anotava um gol cobrando falta.
Com a partida empatada o River era todo pressão. Sufocava o Brown que já nem conseguia mais sair para explorar os perigosos contra golpes. O primeiro tempo terminou em um ataque contra defesa e icontáveis chances de gol perdida pelo Millonario.
Durante o intervalo os reservas permaneceram dentro de campo batendo bola. Algo que já vem se tornando uma prática comum no River. No último jogo como local contra o Gimnasia Jujuy, a mesma coisa aconteceu. E hoje a torcida aplaudiu quando viu que Chori deixava a roda de bobinho com os companheiros supletes e em disparada saía correndo para os vestiários. Mudança cantada para o segundo tempo.
No recomeço de jogo tudo seguia exatamente igual. River pressionando no ataque e a torcida jogando junto empurrava o Guillermo Brown todo na sua defesa. Em um dos raros momentos no campo de ataque, outra vez em uma rápida jogada de contra golpe, quase veio o segundo dos visitantes. Então Almeyda resolve mexer ainda mais na equipe. Entram Funes Mori e o baixinho Villalva.
Baixinho sim, mas foi em uma cabeçada dele que o Millo encontrou o caminho do segundo gol. Cruzamento de Sánchez na direita que tinha o endereço de Trezeguet. O camisa 7 saltou, mas não alcançou. A bola caprichosamente caiu e veio na altura certa para Villava que ainda teve que se agachar um pouco para desviá-la para o fundo das redes, explode o Monumental! Delíro e festa para um River 2 x 1 Guillermo Brown. A partir daí parecia questão de tempo para os donos da casa encontrarem o terceiro. Outra vez inúmeras chances de gols perdidas, em uma delas, Trezeguet desviou de chapa e por cima do gol, outro belo cruzamento vindo da direita.
Como o terceiro não chegava e sentindo que a partida estava por terminar, o River preferiu valorizar um pouco mais a posse de bola e tirou o pé do acelerador. O resultado lhe servia e mesmo com o adversário cansado, a ordem era não arriscar tanto.
Mas o castigo veio e não poderia ser mais cruel: aos 46 minutos do segundo tempo. Dominguez, que jogou uma ótima partida, perdeu a bola no meio de campo e gerou o contra-ataque do Brown, eram três defensores do River contra dois atacantes e na bola rolada para Zanni, com um simples toque, conseguiu tirá-la de Vega, empatar novamente a partida e colocar números finais no encontro: River Plate 2 x 2 Guillermo Brown. Zanni entrou no segundo tempo no lugar de Bottino que havia marcado o primeiro.
Novamente o Brown aprontava como convidado, dentro da casa de outra equipe que briga nas primeiras posições. No apito final, vários jogadores desabaram no gramado do Monumental, cansados e sentindo cãimbras. No lado Millonario uma tímida vaia foi encoberta pelo grito: “cueste lo que cueste a Central le tenemos que ganar”. Aviso dado da arquibancada para o próximo jogo do River, visitará o líder em Rosario.
Na saída dos jogadores, Cavenaghi discutiu com alguns torcedores que atiravam objetos nos atletas. O clima quente seguiu até que a polícia conseguiu levar o capitão aos vestiários. Na coletiva de imprensa a espera era por Matías Almeyda, mas o técnico resolveu não falar com os jornalistas.
Daqui a pouco as fotos de River Plate 2 x 2 Guillermo Brown
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Ya leyo la notita Lucas Castro de Oliveira? se debe querer matar... paaabre! perdio la punta
Normal em um time grande. No final sempre prevalece o melhor. é o que vai acontecer com o River.