River e Junior dizem não. E Teo Gutiérrez pode ficar sem jogar
Na Colômbia, já se especula que Teo Gutiérrez possa até ficar seis meses sem jogar por qualquer clube de futebol. Isso porque parece que nem mesmo o Junior de Barranquilla estaria disposto a insistir na contratação do mais polêmico jogador colombiano dos últimos anos. A informação é nova, mas coincide com a proposta do River Plate de não fichar o ex-atacante do Racing de Avellaneda.
Tudo indicava que Teo Gutiérrez fecharia com o Junior de Barranquilla, clube colombiano que o revelou para o mundo do futebol. O contrato chegou a ser escrito e apresentado ao ex-atacante do Racing. Junto a ele, diversas declarações de amor ao clube saíram da boca de Gutiérrez, dia após dia. Parte da torcida já comemorava a chegada do atacante e previa um futuro recente cheio de glórias e gols.
Foi então que o atacante começou a dificultar a negociação. Certos de que assinariam com o Junior a qualquer momento, Teo e seu empresário Efraín Pachón passaram a especular sua chegada a diversos clubes ao redor do planeta. Além disso, em momento algum empresário e jogador acertaram sua legal e definitiva saída do futebol argentino. E o Junior seguia esperando.
Conhecedores do interesse e indicação de Almeyda da contratação pelo River, Gutiérrez e Pachón não perderam tempo e centralizaram no Millo uma forte especulação sobre a chegada do “craque” a Núñez a qualquer momento. Então, as declarações de amor à entidade argentina voltaram de repente, assim como o deixar-se fotografar com a camisa do “glorioso” de Núñez.
Só que o River disse não. E a negativa não estaria na reprovação técnica ao colombiano. Antes, estaria nos altos valores da negociação, otimizados até pela onda especulativa criada por Teo e seu empresário, e que o colocaram em vários destinos futebolísticos.
Eis que a instituição de Barranquilla “cai na real” e oficializa sua rendição: “não queremos mais Teo Gutiérrez, exceto se o contexto de coisas que o envolve, mude e ganhe uma configuração mais favorável à sua chegada a Barranquilla”, disse o presidente do Junior, Antonio Char. O mesmo dirigente fez questão de completar seu raciocínio, assinalando que não acredita nem um pouco nessa tal mudança do “estado de coisas” que envolve o polêmico ex-atacante de Racing e Club Atlético Lanús.
Então fica a pergunta: “para onde vai Teo Gutiérrez?”. Parece que para lugar nenhum. Sim, ao menos é o que revela o cenário, após a negativa de Junior e River Plate à contratação do jogador. Em outras palavras, não existia um sem-números de clubes interessados nos serviços do “pistoleiro” do Racing. Tratava-se apenas de um caso bem sucedido de especulação. Uma especulação-mostro que revela o risco de engolir ao próprio Gutiérrez e a seu empresário falastrão.
Com 27 anos de idade e um histórico de confusões simbolizadas no revólver apontado ao porteiro Saja, nos vestiários do Racing, “Teogol” pode icar até seis meses sem jogar futebol. Isso não é qualquer coisa, se pensarmos no mundo do futebol. Universo cheio de dirigentes demagógicos, que não mediriam esforços para levar uma bomba para seu clube, em nome de um pouco mais de prestígio e de publicidade pessoal.
É até possível que algum deles apareça, de repente. Porém, esse cenário parece cada vez mais distante, pois no mundo em que a cabeça dos dirigentes esportivos se assemelham à cabeça de formiguinhas, Teo Gutiérrez não perdoou: deu impiedosamente uma pisada de elefante.
Ele é louco, vai por mim.