AMBIENTE DO JOGO
Frio. Muito frio e chuva. Nem isso afastou a torcida do jogo. Animados com a goleada sobre o Arsenal na última rodada, o público fez sua parte e chegou em peso. Nas ruas próximas ao estádio cartazes e inscrições nos muros faziam a convocatória para o próximo grande evento para os Millos, nesta segunda vai ser estendida aquela que será a maior bandeira do mundo, confeccionada através de uma iniciativa de um grupo de torcedores.
Nas arquibancadas, assim que a partida começou, os primeiros quinze minutos foram de sucessivos cânticos para os Xeneizes. A torcida do River parece estar esfregando as mãos pelo esperado encontro. E não é por menos. O time não dá espetáculo, mas vive um momento muito melhor. Além disso como a partida do Boca foi mais cedo nesta rodada, os torcedores chegavam já conhecendo a desastrosa derrota do Boca em Córdoba. Tudo era sorriso e tudo era motivo para festa.
E quando a bola rolou, foram mais cinco motivos para a torcida explodir em juras de amor eterno.
O JOGO
Enquanto os times ainda se estudavam e buscavam tímidos ataques, o Godoy Cruz colocou uma bola no travessão de Barovero. Susto? Medo? Perigo? Nada disso. O River conseguiu passar por cima do fantasma que tem sido jogar em seu próprio estádio e numa diferença de três minutos, abriu dois gols de vantagem. O primeiro veio aos 9, quando o rápido uruguaio Mora tramou toda a jogada pelo lado direito, cruzou rasteiro para Aguirre que entrou sozinho e escorou cara a cara com o gol, 1 a 0. Aos 12 minutos, Ponzio anotou o golaço da noite. Falta na intermediária, quando todos esperavam o cruzamento na área, Ponzio surpreendeu e cobrou direto, encobrindo o goleiro e marcando o 2 a 0.
A partir daí o time claramente tirou o pé do acelerador. Tocava a bola sem pressa de um lado para outro e gastava o tempo pois sabia que o adversário não oferecia perigo algum. Jogo monótono e o único que parecia querer alguma coisa era Trezeguet. Para o capitão do River as coisas não caminham tão bem assim. Não consegue manter uma boa sequência de jogos e vive um período de seca de gols. Acabou sendo substituído no segundo tempo por Funes Mori. O Godoy Cruz conseguiu chegar mais uma vez, mas novamente esbarrou na má sorte e carimbou pela segunda vez na partida o travessão. Final da primeira parte e um placar de 2 a 0 que foi conseguido nos primeiros quinze minutos de jogo.
Na etapa complementar brilhou a estrela de outro excelente jogador deste time, fundamental na campanha de retorno à primeira divisão e que agora consegue manter-se com um alto nível de jogo. Aos 16 minutos Carlos Sánchez escapou livre pelo lado direito e fuzilou na saída do goleiro, 3 a 0.
Assim como ocorreu no primeiro tempo, o River conseguiu ampliar praticamente no minuto seguinte. Contou com ajuda do goleiro do Godoy Cruz que não conseguiu segurar o cruzamento e soltou a bola nos pés de Rodrigo Mora, um prêmio para este motorzinho do River, 4 a 0 no placar. E para fechar a goleada, outro golaço. Carlos Sánchez de novo. Recebeu com toda a tranquilidade necessária para colocar uma bola por cobertura e no ângulo, 5 a 0, torcida aplaudindo de pé e gritos de reconhecimento ao trabalho de Matias Almeyda.
O Monumental está em festa. Clima de êxtase e confiança pura para encontrar o Boca, mas antes não deve se esquecer que terá que visitar o Quilmes que corre perigo na zona de promedios. Uma derrota pode mudar o sempre instável clima nos grandes clubes.
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