Riquelme: “Dependo mais dos meus companheiros do que eles de mim”
Sumido dos últimos treinamentos, como é de praxe, Riquelme se concentrou normalmente com os seus companheiros de equipe para as partidas mais importantes do time nessa temporada. Na concentração, em Puerto Madero, concedeu uma entrevista a ESPN Argentina onde respondeu inúmeras perguntas. Acredita que é justo uma partida entre Brasil e Argentina na final e garantiu que recebe uma marcação forte em todas as partidas e que hoje não será diferente.
Em quase dez minutos de entrevista, o argentino mostrou-se confiante com o sétimo título da Libertadores do clube. Chegou até mesmo a comparar essa equipe com a que conquistou o título de 2000, em que Riquelme esteve presente. “Aquele time de 2000 tinha jogadores incríveis, assim como este. Aquele, no entanto, chegou a final quebrando todos os recordes, ganhando os dois campeonatos locais, com 40 partidas sem perder. Era o famoso Boca que te marcava um gol e o rival não empatava nunca mais. A diferença maior é que naquela época, todos queriam jogar um bom futebol para ir a Europa, pois tinha os seus 20 e poucos anos. Hoje, todos estão velhos, com a carreira consolidada”, brincou o jogador.
Com sua fala mansa, Riquelme não titubeou ao dizer que os representantes de Brasil e Argentina são merecedores de uma final de torneio. “Quando jogam times argentinos e brasileiros, são os dois melhores do continente. A meu ver, é muito bom que tenham esses dois países na final e que vai ser uma excelente final. Estamos na final porque merecemos, pois conseguimos passamos por todas as equipes nessa última fase. Superamos a todas as equipes. Em nenhum momento li que o Boca se classificou por sorte, sempre fomos superior aos outros”.
Por fim, Riquelme criticou parte da imprensa. Segundo o enganche, quando o Boca joga mal, a culpa cai somente sobre si. Além disso, Riquelme disse que ele depende mais do grupo do que o grupo de si. “Eu recebo marcação forte em todas as partidas. Mas, se o Boca empata ou perde, vão escrever que o time criou poucas situações de gols e porque me marcaram bem. Se ganhamos de 4-0, ou como ganhamos da Unión Española, por exemplo, é que os chilenos me deixaram livre. Sempre vou estar no foco. Dependo mais dos meus companheiros do que eles de mim”.