Revenda de ingressos chega a custar quatro vezes mais do que o valor de normal
Santa Fe/ARG – Seja no Brasil, seja na Europa, seja nos Estados Unidos. Todos os eventos esportivos ou musicais contam com um dos principais males da história: a revenda de entradas. E na Copa América não poderia ser diferente. Apesar de ter uma cota máxima por pessoas para adquirir as entradas, cambistas fazem a festa, principalmente na revenda de entradas.
Os mais fanáticos, todavia, não se preocupam com tal circunstância. Como já deixaram o seu local de origem, pagar mais de cinco vezes valor de uma entrada acaba sendo a única maneira de não ficar com as mãos abanando, desperdiçando assim a oportunidade de ver o seu time fazer história. Contudo, muitos moradores da cidade desistem de ver algo raro em sua cidade: a seleção do País.
Tal abuso chega piorou em Santa Fe, pois poucos acreditavam num duelo entre Argentina e Uruguai tão prévio. Pelo contrário. Tanto os anfitriões quanto os charruas adquiriam mais entradas para Córdoba e San Juan, imaginando ver a sua seleção como líder de suas respectivas chaves. Como não houve uma venda de pacotes para cada seleção, muitos torcedores tiveram de abdicar de suas entradas originais para tais sedes, sem a possibilidade de troca. Ou seja: mais um ponto negativo para a desorganização.
Para piorar, Santa Fe tem um dos menores estádios desta fase quartas de final, ao lado de San Juan. E como se trata de um clássico, a demanda de uruguaios e argentinos ficou ainda maior. Com isso, o preço da revenda chegou a ser exorbitante, como se fosse uma decisão. Para a partida contra a Colômbia, por exemplo, não havia ingressos tão caros como o de hoje (populares estão sendo vendidas a mais de 1000 pesos).
Os únicos que conseguem tais mudanças são justamente os barra-bravas, que apesar de não haver mais entradas, conseguem as cortesias via organização/AFA para serem a torcida oficial da Argentina na competição – como acontece nos Mundiais. Enquanto isso, os verdadeiros fãs da Seleção têm de se contentar em ficar em casa ao invés de pagar um valor exorbitante para ficar 90 minutos no estádio sem conforto, com alimentação cara e segurança mínima.