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Repercussões da briga entre jogadores do Boca e hinchas do Tigre; Silva quebrou a mão

A insólita briga entre jogadores xeneizes e hinchas do Matador após a partida de domingo continua rendendo discussão. O Boca Juniors pediu investigação sobre o assunto, enquanto Santiago Silva saiu da confusão com dois dedos da mão quebrados. Já o treinador do Tigre, Rodolfo Arruabarrena, minimizou o problema.

Exames realizados em Santiago Silva constataram que o atacante uruguaio fraturou dois dedos da mão direita durante os incidentes ocorridos na saída da cancha do Tigre. Para a direção do Boca Juniors, é o elemento que faltava para caracterizar seus jogadores como vítimas de uma emboscada dos torcedores rivais.

Segundo a nota oficial do clube, “O Clube Atletico Boca Juniors repudia os fatos de violência ocorridos ontem à noite quando nosso elenco de futebol profissional se dirigia ao ônibus, com destino à concentração, logo após ao confronto contra o Tigre”. A nota condenou ainda “a falta de proteção policial adequada, como também o disparo de balas de borracha que pôs em risco a integridade física de jogadores, comissão técnica, dirigentes e empregados do Boca, bem como dos jornalistas” e solicitou uma “profunda investigação” para que se saiba porque os torcedores tiveram acesso tão fácil aos jogadores.

Quem tentou contemporizar foi o treinador do Tigre, Rodolfo Arruabarrena, ex-jogador xeneize: “entendo os jogadores do Boca, pois é complicado perder e ser gozado. E também os torcedores do Tigre, que se surpreenderam com a reação. É preocupante a questão da polícia, pois era evidente que havia muito poucos deles”.

De cabeça fria, Rolando Schiavi também repudiou a ausência de policiamento adequado, mas reconheceu o erro de ter saído do ônibus para a briga: “analisando com a cabeça fria, não foi certo o que fizemos, mas são erros que se cometem no calor da hora. No caminho nos xingaram, descemos e tudo aconteceu. Me arrependo de ter descido do ônibus”, disse o Flaco. Mas acrescentou: “tivemos de caminhar 50 metros no meio da torcida adversária. Se a polícia tivesse feito seu trabalho isso não teria ocorrido”.

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

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