Quem ri por último, ri melhor? Assim diz o ditado e essa foi a tônica na luta contra o rebaixamento entre Atlético de Rafaela e Colón. Os dois times da província de Santa Fe protagonizaram a parte mais emocionante da última rodada da temporada. Um dos dois ficaria com a última “vaga” do rebaixamento. Chegaram empatados na pontuação e, conforme prega acertadamente (que raro!) a AFA, essa situação, como na co-liderança, força um jogo-desempate.
No domingo passado, três times concorriam contra o rebaixamento que já alcançara Argentinos Jrs e All Boys. Os três venceram por 2-1. O Godoy Cruz, melhor pontuado, se safou logo. Rafaela e Colón, que venceram ambos de virada, não. O roteiro ali sorriu mais aos rubronegros: o Rafaela marcou seu gol da vitória aos 48 do segundo tempo enquanto o jogo do Sabalero seguia empatado. Logo comemorou, com invasão de campo e tudo. Mas, espetacularmente, o Colón venceu o seu aos 49! Torcedores quase que em chamas carregaram os rubronegros como se tivessem ganho o campeonato.
Campeonato atual, por sinal, que ironicamente contou com a liderança do Colón na maior parte do tempo. Mas, mais do que o título, a equipe pensava era em escapar da queda, após o torneio miserável passado: só teve doze pontos, menos até que o Racing. E ainda teve a pontuação reduzida extracampo pela metade por conta das dívidas, ficando só com 6.
No estádio do Rosario Central, o Colón começou melhor. Carlos Luque, recém-contratado pelo Internacional, se despedia do clube e ensaiou boas jogadas pela ponta-esquerda no início. Mas os adversários, comandados do mitológico Burruchaga, foram tomando conta do jogo. Houve quem dissesse que a arbitragem perigava ser tendenciosa para La Crema, dada as boas relações de Burru com Grondona. Não se viu isso. O juiz negou um pênalti claro ao Rafaela no primeiro tempo e não apitou outro suspeito no segundo. E o Rafaela jogou melhor mesmo, sobretudo com Vera e Albertengo.
As melhores chances do Colón vieram no fim das duas etapas. Luque, em contra-ataque na última jogada do primeiro tempo, costurou adversários e ia entregar a bola no último passe para deixar um colega livre na cara do gol. Mas o passe saiu muito à frente. Nos acréscimos do segundo tempo, já com um jogador a menos após a expulsão de Mansilla (em disputa de bola aérea, ele deu uma leve empurrada em adversário), Alario, herói do gol salvador domingo passado, quase encobriu Conde com sucesso. Mas a bola teimou em cair em cima das redes do travessão, no último suspiro sabalero.
O Colón seguia ininterruptamente na elite havia 19 anos. Dos times jamais campeões nacionais, era quem estava na primeira divisão há mais tempo. Só Boca, Vélez, Newell’s, San Lorenzo, Racing e Lanús estão com sequências mais longas – o Estudiantes subira junto com os de Santa Fe em 1995. Além da melhor organização hoje do Rafaela, o rubronegro foi vítima da própria cabeça. Antes de Mansilla, o próprio técnico Osella já havia sido expulso, na volta do intervalo – o assistente Toresani passou a coordenar a garotada colonista, que se atrapalhava perto da conclusão e cuja defesa assistiu algo passiva o vaivém de cruzamentos que resultou no cabeceio certeiro de Depetris, perto da metade do segundo tempo.
Prêmio para La Crema, marcado pelo drama nessas lutas contra a segundona: é o clube que, há meia década, em 2009, fez um play-off com o Gimnasia LP e venceu em casa por 3-0. Em La Plata, o adversário devolveu o placar com dois gols depois dos 45 minutos do segundo tempo e se manteve, em jogo em que o goleiro do Rafaela acabou perdendo a visão de um olho após um choque. Hoje poderá seguir mais um pouco na primeira, enquanto o Colón reencontrará na B o rival Unión.
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