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Rafaela e Belgrano empatam sem gols e ficam distantes do líder Boca Juniors

Cotejo de três tempos em Rafaela. O primeiro foi todo do visitante pirata. No segundo, tudo continuava do mesmo jeito. Isso porque o Rafaela estava apagado como poucas vezes se viu atuando em sua cancha. Então as luzes se foram. Ficou tudo escuro. Quando as luzes voltaram la Crema acordou. Foi para cima do visitante e reverteu o domínio que sofria. Só que nada de gols. De modo geral, o cotejo não foi lá essas coisas. O fato tem a ver com a baixa produtividade dos dois craques do encontro: Franco Vázquez pelo Belgrano e Castro pelo Rafaela. No fim, o resultado foi justo. Dessa forma, as equipes deixam claro de vez que a briga não é mais por se manter na elite. Tampouco continua a ser pela ponta. Com a distância que ficaram do ponteiro xeneize, os dois rivais, em ascensão no futebol argentino, lutam agora para finaliza a competição como vice. O que já seria um grande prêmio. Diga-se.

A primeira etapa foi muito movimentada, tensa e disputada por ambas equipes. Mas o visitante foi bem melhor. Logo aos três, teve excelente chance com Ribair Rodríguez. Porém, a conclusão do uruguayo deixou a desejar. Seis minutos depois, foi a vez de La Crema. Depois de roubar a pelota de Pérez, Federico González ficou mano a mano com Olave. O arqueiro pirata precisou se esforçar para mandar a bola a córner. Anfitrião e visita chegaram ainda algumas vezes, mas sem a devida efetividade. A primeira etapa parecia que acabaria assim. Mas não foi o que aconteceu.

Aos 39, em contragolpe rápido do visitante, em poucos toques, el Picante Pereyra entrou na área e foi derrubado por Carniello: penal indiscutível para o Pirata. Nesse caso quem bate é quem sabe guardar. Mansanelli foi para a bola e chutou. Chutou forte. À meia altura e no canto. Guillermo Sara voou e interceptou. No rebote, mais uma bola forte e Sara novamente pegou. É o segundo pênalti para la Crema que seu arqueiro segura. Mais uma demonstração de Sara sobre quem é o dono do arco no Apertura atual.

Quatro minutos depois, em outra grande saída do arqueiro, Mansanelli teria deixado o pé sobre Sara e a confusão se formou. Claramente abatido, pela defesa do arqueiro em sua cobrança de pênalti, o capitão pirata queria partir para a confusão. Porém, o uruguayo Ribair Rodríguez separou todo mundo. Ficou por isso mesmo. Só Mansanelli foi advertido com cartão amarelo, o quarto da partida somente na primeira etapa.

Na etapa complementar o Belgrano continuou mandando no cotejo. Com proposta bastante ofensiva, o Pirata tinha em Mansanelli praticamente um atacante. Aos seis, depois de ótima jogada de pivô de Pereyra, Mansanelli ficou novamente na cara do gol. No arremate, desvio da zaga e bola para córner. Mas o jogo ficou morno. Sem a tensão da primeira etapa, mas sem emoções. Chance quem teve foi o Pirata. Aos 16, Fotanini perdeu a pelota para el Picante Pereyra que arrematou de primeira. De frente para a área e a pelota saiu por sobre o arco de Sara.

E o jogo ficou morno. Quase apagando. E apagou. Aos 18 minutos todas as luzes se foram. E a partida ficou interrompida.

Partida voltou muitos minutos depois. Na primeira oportunidade do Rafaela, Castro cobrou falta e obrigou Olave a grande intervenção. Aos 45, Castro recebeu na área, matou no peito e disparou com encanto. A pelota saiu raspando. Grande jogada do craque cremoso. Aos 55 foi a vez de Franco Vázquez fazer extraordinária jogada. Driblou vários jogadores e arrematou por sobre o gol de Carranza. A partida começava a ficar boa, aberta e com a clara proposta de ambos os lados de buscar o gol do triunfo. Mas ela acabou. Com o apito final de Néstor Pitana o cotejo teve seu fim e com um justo empate para o que as equipes apresentaram na cancha. Na próxima rodada, o Rafaela será visitante em Santa Fé, diante do Colón; enquanto o Belgrano será anfritrião para o Vélez, em Córdoba.

Formações:

Atlético Rafaela: Guillermo Sara (José Carranza); Juan Fernández, Oscar Carniello, Fabricio Fontanini, Martín Zbrun; Walter Serrano, Iván Juárez (Germán Cáceres), Matías Fissore (Lagruta), Nicolás Castro; Federico González e Darío Gandín. Técnico: Carlos Trullet.

Belgrano: Juan Carlos Olave; Gastón Turus; Alejandro Lembo, Cluadio Pérez, Juan Quiroga; Ribair Rodríguez, Guillermo Farré, Esteban González, César Mansanelli (Andrés Silvera); Franco Vázquez; César Pereyra (Lucas Parodi). Técnico: Ricardo Zielinski.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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