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Radiografia da B Nacional: para o River e outros

O descenso do River Plate provocou muita curiosidade em relação à B Nacional entre os brasileiros que acompanham o futebol argentino. A próxima edição do torneio talvez seja a mais atrativa da história, com muitos times tradicionais e com títulos nacionais. Confira uma radiografia do torneio e dos clubes que desafiarão o River em sua luta para voltar à A.

O Nacional B começará em 04/08/2011, embora os clubes que se envolveram com a promoción só estrearão duas semanas depois, em 17/08/2011. Nesta data, portanto, além do River, farão suas estreias o Gimnasia, Independiente Rivadávia e Desamparados (SJ). O formato da competição será o mesmo da temporada anterior, ao menos até agora, pois apesar de já aprovado o regulamento, há forte pressão nos bastidores para que se incorporem normas e medidas que favoreçam ao River Plate.

Tal como a primeira divisão, o B nacional também terá 20 clubes participantes, porém não existe na Categoria a divisão entre Apertura e Clausura, mas duas fases, separadas apenas pelas férias dos jogadores, com partidas de ida e volta, em um total de 38 rodadas. No final, duas equipes sobem diretamente e duas vão à promoción. O mesmo ocorre na parte de baixo, em que duas caem e duas disputam os play-offs com um representante da B Metropolitana e outro do Torneio Argentino A. O Millionario é o grande protagonista, mas não está sozinho; em sua companhia estão cinco campeões do futebol de elite, outros clubes tradicionais, alguns clubes bem organizados, estádios peculiares à Categoria, cota reduzida e igualitária para todos os participantes pelas transmissões, além de uma personagem pouco comentada e que poderá complicar a vida do tradicional clube de Núñez: as longas distâncias.

É a primeira vez na história que o River jogará o Nacional B e em razão disso, tudo ganha enorme importância nesta Categoria. Não é para menos, já que o poderoso de Núñez é campeão mundial, bicampeão da Libertadores, possui 33 títulos no futebol de elite, além de ser até a temporada anterior, um dos três clubes que havia participado de todas as temporadas na primeira divisão. Porém o River não é o único que já ganhou títulos no futebol de elite, nem tampouco é o único clube tradicional na Categoria. Huracán, Rosário Central, Ferro Carril Oeste, Chacarita Juniors e Quilmes também já foram campeões na principal categoria do futebol argentino. Além disso, há o Lobo de La Plata, tradicional e típica equipe de primeira. São clubes tão centenários quanto o River e suas torcidas, embora menores, são tão fieis e apaixonadas quanto à do Millionario.

O Globo sagrou-se campeão pela primeira e única vez em 1973, sob o comando de César Luis Menotti. Até o presente momento não parece ciente de que está na B Nacional, já que o único fato digno de notícia recentemente em Parque Patrícios foi a eleição de Alejandro Nadur para mandatário do clube. Sua camisa não teme a do River Plate, mas o clube perde tempo para se reorganizar. A situação financeira é das piores, mas esforços, como o de manter Javier “Cachorro” Cámpora, são na medida vitais e ao mesmo tempo ignorados em Parque Patrícios

O Rosario Central (el Canalla) tem 4 titulos nacionais (1971, 1973, 1980 e 1987), e é um clube das massas em Rosário. Sua dimensão parece ter frustrado sua tentativa de ascender na temporada anterior, sem os devidos esforços. A lição parece ter sido aprendida e o clube se organiza como poucos para retornar ao futebol de elite. Frustrou a tentativa de vários clubes grandes de ter Juan Antonio Pizzi, contratou bons jogadores e rivaliza com o próprio River Plate para ter Paulo Ferrari como mais um de seus contratados. O Central é um daqueles clubes que precisam de um mínimo de organização para que tudo dê certo; é adversário para ser temido na B Nacional e é, a priori, um dos favoritos para subir.

O Ferro Carril (el Verdolaga) foi campeão por duas vezes, em 1982 e em 1984. Trata-se de um tradicional adormecido. Parte disso, alegam muitos, deve-se ao fato de o clube se importar tanto com outros esportes, como o Basquete, hóquei sobre grama, voleibol, futsal e até futebol feminino. Mas o fato é que faltam recursos em Caballito. A crise institucional do clube já dura uma década e até mesmos os investimentos para os demais esportes, considerados baixos, sofreram os danos do verdadeiro crime administrativo que el Verdolaga sofreu na malfadada década de 90. Atualmente uma engenharia financeira é tentada em Caballito para que o tradicional rival do Vélez volte ao futebol de elite

O Chacarita Juniors (el Funebrero, el Chaca) foi campeão em 1969. Também é uma espécie de gigante adormecido; sua torcida é uma das maiores do país, embora se concentre na Villa Maipú e na Grade Buenos Aires, e é conhecida pela indiscutível fidelidade ao Funebrero. Tanto o clube quanto seus torcedores não temem ninguém na Argentina, nem mesmo o Boca Juniores, já que as hinchadas de ambos protagonizaram cenas de guerra urbana ao longo dos tempos. Na Villa Maipú, todos se animam com a próxima temporada do Chaca e poucas vezes foram vistos tantos esforços para que o clube se acerte. Alguns jogadores já chegaram à Villa Maipú. Se de fato for despertado, dificilmente o Funebrero não deverá subir à primeira divisão.

O Quilmes (el Cervecero) sagrou-se campeão em 1978, ano da Copa do mundo na Argentina. Trata-se do segundo clube mais antigo de futebol do país, sendo fundado em 1897, e não oficialmente é o mais antigo de todos. A direção conseguiu manter o técnico Caruso Lombardi, mas ainda não conseguiu se reforçar para o B Nacional; além disso, sofre o assédio de outros clubes para alguns de seus jogadores. Embora apresente uma categoria de base melhor que a do Huracán, se junta ao Globo como duas equipes que parecem ter perdido o rumo e que, por isso, não são, por enquanto, candidatos a retornarem à primeira divisão.

O Gmnasia (el Lobo) nunca foi campeão do futebol de elite, mas foi vice-campeão por cinco vezes e ostenta grande prestígio no país. Tem grande torcida em La Plata e possui estrutura de grande clube de futebol. Embora estivesse sofrendo para manter-se na elite do futebol argentino, o clube não parece candidato a permanecer por muito tempo no Nacional B. A direção faz esforços monumentais para que não se desmonte o elenco. A perda de Fabian Rinaudo para o futebol europeu era algo previsível e estava na conta dos jogadores que sairiam. Além disso, o clube fez grandes investimentos em suas categorias de base, nos últimos anos, e pretende utilizá-la agora na segunda divisão.

Além desses clubes, há outros que podem fazer estragos na vida do Millionario, por circunstâncias que vão do ânimo de enfrentar uma instituição gigante como a de Núñez a outras que vão da organização e força de vontade à boa condição de jogar como local. Vejamos.

O Atlanta (el Bohemio) comemora sua volta à segunda divisão depois de doze anos sofrendo na B Metropolitana. Sua chegada na Categoria não foi por acaso; se engana, hoje em dia, quem continua vendo o Bohemio como mais um daqueles destroçados clubes de Buenos Aires, marcado por longos anos de administração amadora. O Atlanta hoje é um clube organizado e muito parecido com o Lanús, de quem, para muitos, não passa de uma filial. Vários jogadores granates jogam em Villa Crespo, em razão de um contrato que tem feito bem para ambas as partes. Além de outros jogadores do Lanús que já chegaram e de mais três contratados, a direção do clube tem feito esforço para trazer à Villa Crespo um bom atacante para o lugar de Andrés Soriano, que deverá retornar ao Belgrano de Córdoba e mais um arqueiro. Embora tenha os pés no chão e esteja muito organizado, o time de Villa Crespo ainda precisa se firmar no Nacional B e será uma surpresa se ascender, pois ainda não recuperou sua cara de time da primeira divisão.

O Instituto Central (la Gloria) é mais um time de Córdoba que poderá tirar o sono do River Plate. O clube caminha a passos largos e constantes para sair da péssima administração da primeira parte da década anterior. Quase todas as dívidas no clube hoje se devem àquele período. Porém, la Gloria tem ganhado credibilidade na Categoria em razão de suas tentativas de saudar suas dívidas e de manter uma equipe competitiva e dentro de suas reais condições. Em 2006, o clube caiu para o Nacional B, no ano seguinte, se safou de cair para o Argentino A na promocíon contra o Ben Hur. No ano seguinte, escapou por um triz da promocíon com o Argentino A. Então começou o processo de recuperação no clube; nos dois anos posteriores ficou na quinta posição e mesmo tendo ficado no décimo posto na última temporada, o clube apresenta solidez e competitividade suficientes para voltar a fazer uma ótima campanha. Em Córdoba, a preocupação atual não é a de subir, mas a de construir solidez e condição de se manter na primeira divisão, quando for o caso. Para se ter uma ideia de como o time é estruturado, das 38 partidas disputadas perdeu apenas nove, duas a mais que o campeão Rafaela. Não fosse a quantidade de empates (18 no total), o clube teria ascendido diretamente à primeira divisão.

O Gimnasia Jujuy (el Lobo jujeño) é outro clube que conhece bem o futebol de elite, onde jogou por dez temporadas. Até as últimas rodadas, o Lobo lutou com o Belgrano para ir à promoción contra o River. Pode não ser o mais tradicional entre os representantes da Categoria, mas seguramente é um dos que mais se aproveita de sua condição como local. Na temporada, perdeu apenas uma partida em sua cancha. Como tem mantido o elenco é candidato a repetir a boa campanha na temporada que se inicia em agosto.

O Almirante Brown (la Fragata, el Mirasol) é um dos bons exemplos de time que tem se organizado para ser grande. Nunca participou de nenhuma temporada no futebol de elite, mas em Isidro Casanova todos já miram à primeira divisão como algo possível. Subiu ao B nacional na temporada de 2010 e no seu primeiro ano já conseguiu ser o sexto colocado. O time perdeu cinco partidas em casa, mas na maioria delas por detalhes, já que faz de sua condição de local uma de suas armas. È um tormento para qualquer adversário enfrentar o Mirasol no Fragata Presidente Sarmiento. Este reduto vai ser o mais difícil para que o Millionario some três pontos como visitante, na grande Buenos Aires. Contudo, um dos segredos do Mirasol é sua capacidade de atuar fora de casa. Nesses jogos, a equipe perdeu apenas sete das 19 partidas que disputou.O elenco é disciplinado dentro de campo e costuma seguir à risca as determinações do treinador Blas Giunta.

O Boca Unidos, de Corrientes (el Aurirrojo), é outro que nunca atuou na primeira divisão e que soube se adaptar muito bem à segunda categoria do futebol argentino. Vai disputar a Categoria pela terceira vez consecutiva e vive um momento de glória. Foi oitavo colocado na última temporada e hoje é um dos orgulhos da cidade, carente do melhor futebol do Huracán local. E é justamente no estádio do Globo local, o José Antonio Romero Feris, que o time atua. Trata-se de outra equipe que sabe tirar vantagens de sua condição de local. Perdeu apenas duas partidas em sua cancha, explorando bem não somente as particularidades do estádio local como a distância de Corrientes em relação às demais cidades dos clubes que disputam a Categoria. Apesar de perder alguns jogadores, o clube tem feito contratações cirúrgicas para repô-los à altura. Não será surpresa se el Aurirrojo finalizar a temporada na parte de cima da tabela.

O Atlético Tucumán (el Decano) é outro forte clube do interior do país que estará na Categoria. O Decano tenta evitar o efeito sanfona de que o clube tem sido vítima nas últimas temporadas e que teve seu início bem antes de ascender à primeira divisão em 2009. Na última temporada na B Nacional, o clube novamente alternou bons e maus momentos, o que foi determinante para que não retornasse ao futebol de elite. Um dos desafios para o time é se aproveitar melhor do fator casa, quesito em que o clube pecou muito na temporada. Até agora, el Decano já trouxe quatro bons reforços para melhorar sua participação na Categoria. Como sempre, nada indica, a priori, como será sua campanha em 2011/2012.

O Club Aldosivi (el Tiburón) é o mais popular de Mar Del Palta e tem se consolidado na B Nacional, onde se encontra desde 2005. Na última temporada, el Tiburón ficou com a sétima colocação. Isto ocorreu porque o clube aprendeu a tirar proveito de sua condição de local, quando se porta como um dos mais ofensivos da Categoria. Na última temporada, foi o terceiro clube que mais venceu em sua cancha, com 10 vitórias, além de quatro empates. A diretoria tem conseguido manter o elenco da temporada anterior e reforçado a equipe, principalmente no setor de meio campo.

O Independiente Rivadávia (la Lepra) está no Nacional B desde 2007. Apesar disso, a equipe se salvou do rebaixamento na última temporada apenas na promocíon, e graças à chamada ventaja deportiva. No confronto contra o Defensores de Belgrano, la Lepra foi de tal forma dominada que muitos em Mendoza considerou sua permanência na Categoria como uma surpresa. Foi possível perceber no confronto contra o Defensores como o clube tem dificuldades para tirar proveito de sua condição de local. Das 19 partidas em Mendoza, o venceu seis, perdeu oito e empatou cinco. Sem reformulação, não deverá incomodar ao Milionário nem mesmo em sua cancha.

Sem nenhuma participação no futebol de elite, o Defensia y Justicia (el Halcón), de Florencio Varela, terminou a temporada na 17ª posição, com uma campanha muito irregular na Categoria. Até o momento, nada sinaliza que el Halcón fará uma campanha muito diferente na próxima temporada. Nem mesmo em sua cancha o clube da Província de Buenos Aires conseguiu fazer frente aos seus adversários. Como visitante, foi um dos três que mais perdeu na Categoria, com 10 derrotas.

Depois de ascender ao Nacional B na temporada 2009/2010, o Patronato (el Patrón), do Paraná, realizou uma ótima campanha de adaptação na Categoria, terminando no 13º posto. O clube ainda não parece ter grandes ambições, exceto a de se constituir, por enquanto, como uma equipe sólida no Nacional B. Por isso, sua temporada anterior foi muito comemorada na cidade. Não deve ser adversário a ser temido pelos clubes que desceram ao Nacional B.

O Deportivo Merlo (el Charro, el Depo) vai jogar sua terceira temporada consecutiva no Nacional B. 13 vitórias, 12 empates e 13 derrotas mostram que o Merlo é time de meio da tabela, sem grandes condições para ascender atualmente. O River não precisará se deslocar nada para enfrentá-lo, o que pode ser uma vantagem para o Millionario. A permanência do treinador Felipe de la Riva foi comemorada, mas el Depo tem sofrido com fortes baixas no seu elenco.

O Brown, de Puerto Madryn (la Banda), estreia na Categoria e chega disposto a realizar uma ótima campanha de adaptação. Como manteve o elenco e tem conseguido alguns reforços é possível concluir que o time é um dos mais equilibrados do Nacional B, com todos os setores bem armados e integrados na proposta extremamente ofensiva do treinador Arnaldo Sialle. O desafio em Madryn é fazer com que a equipe realize fora de casa uma campanha semelhante a que teve no Argentino A. Embora não seja, a priori, candidato a subir, la Banda é um adversário duro para todos os participantes do B Nacional e dificilmente será batido pelo River Plate em sua cancha.

O Sportivo Desamparados (el Víbora) se consolidou nas últimas temporadas como um time que mescla muita raça, coração e uma ótima defesa para confrontos dentro e fora de San Juan. Trata-se de uma daquelas equipes abraçadas por sua cidade. Seu pequeno estádio, el Serpentário, está sempre lotado pelos seus torcedores apaixonados, que assistiram a verdadeiros milagres ao longo da temporada anterior, no Argentino A. Apesar disso, a principal preocupação é a de se adaptar à difícil segunda divisão.

Além dos clubes que disputarão a B Nacional, o Millionario terá outros adversários. Um deles é a cota que supostamente será paga ao clube de Núñez pelas transmissões esportivas. Atualmente o “Futbol para todos” repassa cerca de 31 milhões de pesos ao River, assim como para o Boca Juniors. Vélez, San Lorenzo e Racing percebem 23,1 milhões e os demais clubes da primeira divisão, cerca de 17 milhões de pesos por ano. No Nacional B, o River deverá perceber apenas 3,5 milhões de pesos, já que são destinados 70 milhões aos clubes da B Nacional e a fatia é repartida de forma igualitária, sem nenhuma distinção de clube. Ou seja, o clube de Núñez receberá 89% a menos do que recebia na temporada anterior.

Soma-se a isso o fato de que o clube já sofre pressão de seus patrocinadores para a renegociação dos valores publicitários. O clube recebe da Petrobras 2,5 milhões de dólares/ano; 600 mil/ano da Tramontina, além de cerca de 3,3 milhões de dólares/ano da Adidas pelo contrato de sponsorização. Embora esteja em debate a transmissão de todas as partidas como visitante do clube, pela TV aberta, essas marcas pressionam pela redução desses valores.

Por fim, falemos de outro adversário terrível. Um dos maiores problemas para os clubes que caíram ao B Nacional são as grandes distâncias que terão de percorrer. Este não é um problema apenas para os clubes descendidos, porém os demais clubes já estão melhor adaptados à essa realidade e alguns até sabem tirar vantagem dela. Para centrarmos no River Plate, o clube percorria por volta de 5.000 km/ano na primeira divisão. Agora terá de percorrer 24.600 km/ano no Nacional B. Além disso, terá de jogar em estádios acanhados, sempre lotados e em alguns gramados muito diferentes do que os talentosos Erik Lamela, Lanzini e outros estão acostumados. Até o momento, os esforços dos clubes do Nacional B estão concentrados no reforço aos seus elencos e na melhora da infraestrutura externa ao campo de jogo, preocupados que estão em receber grandes veículos de imprensa. Poucos são aqueles, como o Atlanta, que estão preocupados em reformar o gramado ou o vestiário dos visitantes. Veja a seguir alguns aspectos sobre os estádios e as distâncias deles com o Monumental de Núñez.

ALDOSIVI
Estádio: José María Minella, capacidade para 35.534 espectadores
Local e distância: Mar Del Plata, Buenos Aires, 400 km

ALMIRANTE BROWN
Estádio: Fragata Sarmiento, capacidade para 25.000 espectadores
Local e distância: Isidro Casanova, Buenos Aires, 25 km

ATLANTA
Estádio: León Kolbovsky, capacidade para 15.000 espectadores
Loca e distância: Villa Crespo, Capital Federal, Buenos Aires, 5 km

ATLÉTICO TUCUMÁN
Estádio: Monumental José Fierro, capacidade para 32.700 expectadores
Local e distância: San Miguel de Tucumán, Tucumán, 1.311 km

BOCA UNIDOS
Estádio: José Antonio Romero Ferris (Huracán Corrientes), capacidade para 15.700 expectadores
Local e distância: Corrientes, Corrientes; 923 km

CHACARITA
Estádio: Chacarita Juniors, capacidade para 20.800 espectadores
Local e distância: San Martín, Buenos Aires 8 km

DEFENSA Y JUSTICIA
Estádio: Norberto Tomaghello, para 15.500 expectadores
Local e distância: Florencio Varela, Buenos Aires; 45 km

DEPORTIVO MERLO
Estádio: José Manuel Moreno, para 7.500 expectadores
Local e distância: Merlo, Buenos Aires; 25 km

FERRO
Estádio: Ricardo Etcheverri, para 24.268 expectadores
Local e distância: Caballito, Capital Federal, Buenos Aires; 4 km

GIMNASIA DE JUJUY
Estádio: 23 de agosto, para 23.00 espectadores
Local e distância: San Salvador de Jujuy, Jujuy; 1.200 km

GIMNASIA DE LA PLATA
Estádio: Juan Carmelo Zerrillo, para 18.000 espectadores
Local e distância: La Plata, Buenos Aires; 50 km

GUILLERMO BROWN
Estádio: Raúl Conti, para 14.500 espectadores
Local e distância: Puerto Madryn, Chubut; 1.150 km

HURACÁN
Estádio: Palacio Tomás Adolfo Ducó, para 49.300 espectadores
Local e distância: Capital Federal, Buenos Aires; 9 km

INDEPENDIENTE RIVADAVIA
Estádio: Bautista Gargantini, para 25.000 espectadores
Local e distância: Mendoza, Mendoza; 1.050 km

INSTITUTO
Estádio: Juan Domingo Perón, para 24.535 espectadores
Local e distância: Alta Córdoba, Córdoba; 800 km

PATRONATO
Estádio: Presbítero Bartolomé Grella, para 22.000 espectadores
Local e distância: Paraná, Entre Ríos; 495 km

QUILMES
Estádio: José Luis Meiszner, para 30.200 espectadores
Local e distância: Quilmes, Buenos Aires; 25 km

ROSARIO CENTRAL
Estádio: Lisandro De La Torre (“Gigante de Arroyito”), para 41.650 espectadores
Local e distância: Rosario, Santa Fe; 300 km

SPORTIVO DESAMPARADOS
Estádio: El Serpentario, para 13.000 espectadores
Local e distância: Rivadavia, San Juan; 1.115 km

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

View Comments

  • Belo texto. Mesmo eu, que há um ano presto uma melhor atenção para o futebol hermano, sou por fora de muitas coisas...

    Mas, tipo, até onde sei, o River já esteve, sim na segunda divisão, assim como Boca e Independiente. Todos eles foram criados no século XX, enquanto já havia um campeonato argentino desde o século anterior, cheio de times com britânicos no elenco. Natural que esses três clubes, assim como os demais, tenham começado na segundona. O que houve foi que, até semanas atrás, esses três, uma vez ascendidos, jamais haviam sido rebaixados - título simbólico que hoje só resta a xeneizes e diablos rojos.

    O River conseguiu o título da segunda divisão em 1908. O Boca demoraria mais alguns anos, não lembro exatamente quando - no Book of the Xentenary, os autores inclusive gabam-se pelo fato de que, mesmo com os boquenses demorando mais algum tempo para subirem, já eram na época a equipe mais popular de La Boca (então dividida entre as duas equipes), de acordo com uma certa pesquisa.

    Ou seja, é mais ou menos como o Bayern Munique na Bundesliga: o time bávaro jamais foi rebaixado na Bundes, mas já esteve de fora da elite, pois começou na segunda divisão quando o campeonato alemão adotou o formato atual. Diferentemente do Hamburgo - este, sim, o time que esteve na divisão principal em todas as edições.

  • Caio, voce tem razao, mas o texto quis se referir apenas à fase profissional (embora talvez tenha faltado deixar isso claro). Todos os dados apresentados se referem apenas ao tempo do profissionalismo (pois aí, por exemplo, 1973 nao seria o único titulo do Huracan).

  • Ah, certo!

    Essa separação deles entre era amadora e profissional é tipo o nosso caso entre os torneios pré e pós-1971? Aqui, ao menos, unificou... por que desprezam a época amadora?

  • Se a distancia é um adversário para o River iagine se ele disputasse um Brasileirão, ou então a nossa série B, distancia ai sim eles saberiam o que é viajar longas distancias, e em um calendário super apertado.
    Mas to na espequitativa pra acompanhar o Rier na B. Vai ser legal.

  • Caio, normalmente eles usam as estatisticas do profissionalismo porque consideram que o mundo futebolistico argentino pre-31 era muito diferente do que veio depois. Houve momento em que havia mais de um torneio, eram dezenas de clubes jogando, etc. Mas veja: nas estatisticas oficiais conta tudo. Só que na pratica o pessoal só leva em conta o profissionalismo mesmo, por isso o Joza nem se deu ao trabalho de mencionar isso no texto dele

  • Sensacional! Pesquisa meticulosa, muito contúdo e informação, sem esquecer de uma tênue e pequena dose de subjetividade ao estilo dos grandes cronistas. Jornalistmo de mestre. Em nenhum site da Argenina tem algo assim. Parabéns a todos da equipe, é por causa de posts como esse que começo achar que vocês cobrem o futebol dos hermanos melhor que eles próprios.

  • Outra coisa, uma pergunta. Se o River vai para a B Nacional e vai ter todas as suas partidas de visitantes televisionadas não viraria um foco para a mídia e para a publicidade? Então como aceitar a pressão para a renegociação dos patrocínios? O clube tem feito alguma coisa para se defender desse tipo de coisa? Depois que li o post tentei ver alguma coisa na mída argentina e não encontrei nada a respeito.

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