Um gol de Bou aos 41 minutos do segundo tempo deu ao Racing a vitória sobre o Quilmes pela contagem mínima. Os três pontos foram indispensáveis para manter a Academia viva na luta pelo título a 3 rodadas do fim. Mais que isso: a equipe ultrapassou o Lanús e empatou com o River Plate na liderança. Amanhã os dois rivais jogarão e podem devolver os auriazuis à terceira posição. Mas semana que vem teremos Racing x River Plate, num arrepiante confronto direto na luta pelo título, em que a Academia pode chegar à liderança a 180 minutos do fim do torneio.
A partida começou muito ruim. O Racing fazia uma partida fraquíssima, engolido pela marcação forte do Quilmes, e nada criava. A equipe da casa, ciente da sua inferioridade técnica, tentava conter o rival e buscava o gol em jogadas eventuais. A estratégia dava resultado, até porque a Academia mostrava uma total falta de criatividade no meio campo.
E nos últimos minutos do primeiro tempo o Cervecero teve sua chance. Romero centrou para Sarmiento, que caiu na área. Saul Laverni, que marcava absolutamente tudo, assinalou o pênalti inexistente. Martínez cobrou forte, mas Saja conseguiu defender. O placar seguiu em branco ao fim dos primeiros 45 minutos.
No segundo tempo o Racing voltou bem melhor, e teve supremacia clara nos primeiros 20 minutos. Centurión se apresentou mais para o jogo e a Academia teve diversas oportunidades, várias delas terminando em ótimas defesas de Benitez. Mas lentamente a equipe foi voltando à pasmaceira, e começou a oferecer campo para o Quilmes.
E por volta dos 30 minutos as coisas se complicaram de vez. Cabral foi expulso, deixando a Academia com 10. Logo em seguida Diego Cocca inexplicavelmente tirou Diego Milito do jogo. O experiente atacante saiu do gramado indignado, sem se preocupar em esconder o descontentamento. Faltavam pouco mais de 10 minutos e a situação parecia sem solução para o Racing.
Mas o milagre aconteceu. A 4 minutos do fim Bou aproveitou uma falta e chutou com muita força para vencer Benitez. A vibração descontrolada dos jogadores e da comissão técnica foi mais do que merecida. Ao fim de um jogo em que tudo indicava que o sonho do título havia chegado ao fim, a Academia achou um gol na base da raça nos minutos finais da partida e seguiu vivo em busca de um título que não conquista há 13 anos.
QUILMES: Benitez, Alegre, Martinez, Carli (Suárez) e Bontempo; Cabrera, Romero (López), Braña e Zacaria (Klusener); Fernandez e Sarmiento.
RACING: Saja, Díaz (Castillón), Lollo, Cabral e Grimi; Acuña (Pillud), Aued, Videla e Centurión; Milito (Hauche) e Bou.
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